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Com Robinho alvo de torcida, Santos faz 3 no Atlético-MG e assume topo provisório

Ídolo da torcida do Santos, responsável direto pelo fim do jejum de títulos da equipe quando, em 2002, aos 18 anos, pedalou oito vezes para cima de Rogério, sofreu o pênalti, bateu e fez o gol que abriu caminho para a conquista do título do Campeonato Brasileiro na finalíssima contra o Corinthians, Robinho foi maltratado em seu retorno à Vila Belmiro – dessa vez como jogador do Atlético-MG. Aos gritos de “traidor” e “mercenário”, o atacante entrou em campo e durante a partida parece ter sentido um pouco e não fez uma boa partida.

Com a vitória, o Santos chegou aos 36 pontos na tabela de classificação e assumiu o topo provisório. O Palmeiras, porém, com a mesma pontuação, poderá reassumir a liderança se ao menos empatar com o Atlético-PR, também neste domingo, em duelo que começa às 18h30, na Arena da Baixada. Agora, o time santista encara o Coritiba, domingo, às 18h, no Couto Pereira, no Paraná. O Atlético-MG, que ficou com 35 pontos e está na quarta posição, joga no mesmo dia, mas mais cedo: às 11h, o time recebe o Atlético-PR no Independência, em Belo Horizonte.

O Santos, que fez uma homenagem ao Dia dos Pais – os atletas do time tinham os nomes dos pais escritos nas camisas -, não deu muito tempo para o Atlético-MG respirar. A equipe começou o jogo com marcação alta, fazendo com que a defesa do time mineiro apelasse para os chutões. Para melhorar ainda mais o início santista, logo no primeiro bom ataque a equipe abriu o placar.

Aos 10 minutos, Léo Cittadini partiu pela direita e cruzou na medida para Ricardo Oliveira, que cabeceou para o chão, mas Victor fez excelente defesa e espalmou pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, Jean Mota mandou com perfeição a bola para a testada firme e sem chances de Gustavo Henrique, que estufou a rede do adversário.

Após o gol, o Atlético-MG tentou cadenciar mais a partida. O principal articulador do time era Robinho, que voltava até a entrada da área para desafogar o sistema defensivo atleticano e tentar começar as jogadas ofensivas da equipe mineira com maior qualidade. Marcado pela torcida do Santos, a cada toque na bola Robinho recebia vaias e xingamentos. Mas foi o Santos quem chegou com perigo. Ricardo Oliveira partiu sozinho aos 18 minutos, entrou na área mas não finalizou – ele tentou o drible em Leonardo Silva e foi desarmado pelo zagueiro.

O Santos dominava as ações, mas por alguns minutos deixou de ser efetivo na criação. Aos 33 o Atlético-MG quase empatou. Em cobrança de escanteio, o argentino Lucas Pratto subiu livre e cabeceou firme, mas a bola explodiu na trave. O Santos só voltou a levar perigo ao gol de Victor aos 35, quando de novo o atacante Ricardo Oliveira perdeu excelente oportunidade – ele esticou demais a bola pela esquerda e, sem ângulo, mandou a bola no lado de fora da rede. Aos 40 minutos o Atlético-MG outra boa oportunidade. Robinho deixou Maicosuel livre na direita. O meia dominou e mandou para o gol, mas a bola passou raspando a trave esquerda do goleiro Vladimir.

Na saída dos times para o intervalo, quase toda a torcida do Santos vaiou demais Robinho. O atacante pareceu não se incomodar. “O torcedor pagou ingresso e se manifesta da maneira que quiser. Estou focado no jogo. Sabia que isso iria acontecer”, disse o jogador.

PRESSÃO – O Atlético-MG voltou outro time no segundo tempo. O técnico Marcelo Oliveira mandou o time à frente e quase chegou ao empate logo no primeiro minuto. Maicosuel tabelou com Fred, ficou na cara do gol e na hora de finalizar, pegou muito mal com o pé esquerdo e mandou para fora. Aos seis minutos, a mesma jogada, mas pelo meio da área – desta vez, foi Fred quem saiu na cara de Vladimir. O atacante bateu mal, em cima do goleiro, que fez boa defesa.

Aos poucos, o Santos travou a partida, bloqueando os meias do Atlético-MG com grande atuação de seus volantes. Mesmo assim o time quase levou o gol de empate aos 20, quando Robinho recebeu de Pratto e marcou bonito gol, mas a arbitragem assinalou impedimento. O Santos resolveu o jogo aos 23 minutos, do mesmo jeito do primeiro tempo. Jean Mota mais uma vez bateu escanteio com grande qualidade e Ricardo Oliveira, sozinho no meio da área, teve até que se abaixar para cabecear no canto direito da meta atleticana.

A partir daí a partida teve uma queda na qualidade, o que serviu para a torcida do Santos celebrar o resultado e pegar no pé de Robinho. Depois que ele saiu, a torcida passou apenas a celebrar. De toque em toque, a equipe de Dorival Júnior fazia o relógio passar e mesmo assim, aos 48, encaixou um contra-ataque perfeito. Vitor Bueno carregou a bola e tocou na medida para Ricardo Oliveira fuzilar Victor com o pé esquerdo.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 3 x 0 ATLÉTICO-MG

SANTOS – Vladimir; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Caju; Renato (David Braz), Léo Cittadini (Rafael Longuine), Jean Mota (Yuri) e Vitor Bueno; Copete e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior.

ATLÉTICO-MG – Victor; Carlos Cesar, Leonardo Silva, Erazo e Fábio Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete e Maicosuel (Carlos); Lucas Pratto, Fred (Otero) e Robinho (Clayton). Técnico: Marcelo Oliveira.

GOLS – Gustavo Henrique, aos 12 minutos do primeiro tempo; Ricardo Oliveira, aos 23 e aos 48 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Wagner do Nascimento Magalhães (RJ).

CARTÕES AMARELOS – Maicosuel, Fred, Victor Ferraz, Victor, Gustavo Henrique, Rafael Carioca, Fábio Santos e Yuri.

RENDA – R$ 410.170,00.

PÚBLICO – 10.250 torcedores.

LOCAL – Vila Belmiro, em Santos (SP).

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