Ibsen Pinheiro, diretor de futebol do Inter, foi escalado nesta sexta-feira para tentar amenizar as polêmicas envolvendo o clube, que briga para não ser rebaixado à Série B. Na terça-feira, o vice-presidente Fernando Carvalho criticou o adiamento da última rodada do Brasileirão. Na quinta, os jogadores do elenco se apresentaram à imprensa para defender o cancelamento da última rodada. Depois, o presidente Vitorio Piffero justificou a apelação ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para impedir a queda no Brasileirão.
Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta sexta, Pinheiro negou que a postura dos jogadores seja uma manobra do Inter para evitar o rebaixamento. Disse que os atletas não falam em nome do clube, que quer jogar a última rodada. Se o campeonato terminar como está, afinal, o Inter, em 17.º lugar, iria para a Série B pela primeira vez.
“Não foi o Internacional, foram os atletas do Internacional, que por mais relevantes que sejam não falam pelo clube, falam por si. Não foi pedido cancelamento, porque o cancelamento produz efeitos que ninguém pode imaginar quais sejam. O que os atletas disseram é que não se sentem em condições de entrar em campo”, disse Pinheiro, negando que haja interesse em cancelar a última rodada do Brasileirão.
O Inter precisa ganhar do Fluminense, fora de casa, e torce para que o Sport não vença o rebaixado América-MG ou para que o Vitória perda do Palmeiras. Neste segundo cenário, ainda teria que tirar uma diferença de seis gols de saldo para o time baiano.
Deixar de jogar a última rodada abriria a possibilidade para o Inter depois contestar a classificação final do torneio na Justiça Desportiva, tese o que Pinheiro rejeita. “Não posso imaginar que alguém identifique o Internacional pedindo uma manobra para fugir a resultados de campo. Isso não é compatível nem com a grandeza e nem com a história do Internacional”, garantiu.