Empresas como Vale, Facebook e Nissan suspenderam as viagens de funcionários brasileiros à China, por causa do medo do contágio de coronavírus. Instituições de ensino, como a Universidade Estadual Paulista (Unesp), também já põem restrições à vinda de intercambistas.
A mineradora Vale suspendeu as viagens de negócios por tempo indeterminado. Os empregados brasileiros que já estão na China trabalham em regime de trabalho remoto. "A Vale segue os protocolos de saúde e segurança estabelecidos pelas autoridades e órgãos do governo chinês e está monitorando os desdobramentos do caso", informou a empresa, por nota.
O Facebook se tornou a primeira grande empresa dos EUA a suspender as viagens após o alerta do governo americano na segunda-feira, 27. O jornal <b>O Estado de S. Paulo</b> apurou que foram cancelados deslocamentos de todos os funcionários do Facebook para o território chinês. A exemplo do que ocorreu com a Vale, os colaboradores brasileiros que já haviam desembarcado na China foram aconselhados a trabalhar em casa.
Por precaução, a Nissan suspendeu as possíveis viagens corporativas de funcionários no Brasil para o país asiático. Companhias aéreas também estão cancelando voos e ajustando horários não só para a província de Hubei, onde surgiu o novo vírus, mas também para o resto da China. No exterior, a americana United Airlines reduziu voos para o país.
Conforme a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), o impacto nas viagens de brasileiros ao território chinês ainda é pequeno. "Por enquanto, está localizado em agências especializadas em viagens à Ásia. A China ainda é um destino exótico, que não está entre os dez mais procurados pelos brasileiros", explica Magda Nassar, presidente da ABAV Nacional. "Mas esse não é o momento de ir à China", aconselha.
Entre as agências especializadas, a China Turismo, com 40 anos de atuação, cancelou as viagens, de lazer e corporativas, nos meses de janeiro e fevereiro. "Estamos seguindo as orientações do governo chinês e devemos retomar as viagens apenas em março ou abril", diz Sokan Kato Young, diretor da agência.
<b>Universidade</b>
O Instituto Confúcio, da Unesp, que envia estudantes para a China, também teve sua rotina alterada. Dois professores que deveriam voltar por causa de um acordo com a universidade foram aconselhados a permanecer por lá. "Eles chegam como professores visitantes e ficam aqui (no Brasil) por um e dois anos. Quando vence o período, vão embora e outros chegam para ocupar a mesma função. Todo semestre existe essa troca. Precisamos esperar passar", diz Luiz Antonio Paulino, diretor do Confúcio. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>