Aposentada como competidora depois de ficar fora dos Jogos Olímpicos do Rio, Yelena Isinbayeva vem aumentando sua participação nos bastidores do esporte. Nesta quinta-feira, ela foi nomeada para chefiar o novo comitê de supervisão da Agência Antidoping da Rússia, a Rusada, como é conhecida na sigla em russo.
Em comunicado nesta quarta-feira, a Rusada disse que Isinbayeva vai liderar um grupo de 10 pessoas, que inclui executivos do esporte, acadêmicos e oficias do ministério do Esporte da Rússia.
O anúncio acontece a dois dias da eleição da Federação Russa de Atletismo (ARAF, na sigla em russo). Ela é candidata à presidência e favorita a ficar com o cargo, apesar da presença de Dmitri Shlyakhtin, que comanda a entidade desde janeiro, quando Vadim Zelichenok foi afastado, do secretário-geral da ARAF Mikhail Butov e do campeão olímpico de 2008 no salto em altura Andrei Silnov.
A ARAF segue suspensa pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), entidade que regula e organiza o atletismo no mundo. A punição foi aplicada há mais de um ano em novembro do ano passado, e não foi revogada nem por conta do Rio-2016. Por isso, a Rússia foi impedida de levar atletas para a Olimpíada no atletismo – 67 estavam convocados.
A própria Isinbayeva foi uma das prejudicadas por esse cenário. Ela voltou de um período sabático saltando 4,90m no Campeonato Russo, mas foi impedida de participar dos Jogos Olímpicos. Na competição, o ouro foi para a grega Ekateríni Stefanídi, que saltou 4,85m.
À época, Isinbayeva veio ao Rio para assistir às competições e fazer campanha em sua candidatura para a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Internacional (COI), para o qual acabou eleita pelos seus pares.