A polícia divulgou na tarde desta terça-feira a identidade dos sete torcedores do Corinthians que foram presos pela manhã, na sede da maior torcida organizada do time paulista, em uma operação conjunta da Delegacia de Crimes de Informática de São Paulo e da polícia do Rio de Janeiro.
Eles são acusados de ameaçar Marcela Assad Caram Januthe Tavares, juíza responsável por decretar a prisão preventiva dos corintianos que se envolveram em uma briga com policiais antes da partida contra o Flamengo, dia 23 de outubro, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.
Com a investigação desenvolvida no Rio de Janeiro, os policiais se deslocaram até a capital paulista para dar continuidade na Operação. A delegada Daniela Terra, coordenadora da ação, destaca que “tal conduta (dos torcedores) é inadmissível. As ameaças proferidas contra a juíza e sua família com o objetivo de intimidá-la na prática de seu ofício, são um afronto ao Poder Judiciário”.
Foram cumpridos sete mandatos de prisão na sede da Gaviões da Fiel, entre os torcedores, quatro possuem passagens por crimes relacionados à intolerância desportiva. São eles: Anderson Vinicius Bonano dos Santos, Felipe Santos Mendonça, Márcio dos Santos Marabrisa, Rodrigo Fabiano da Silva, Paula Cordeiro Guimarães, Victor Henrique de Freitas Moraes e Thomas Alves Mendonça.
Todos serão indiciados por associação criminosa e coação. Na sede da torcida organizada, também foram apreendidos três computadores, que servirão para colher provas do crime e identificar outros envolvidos.
AMEAÇA NAS REDES SOCIAiS – A foto divulgada por torcedores na internet mostra Marcela Caram ao lado do marido e filho, todos com a camisa do Flamengo. Os torcedores questionam a decisão da juíza, que converteu em preventiva a prisão em flagrante de 31 corintianos. “Vai dizer que não é coincidência?”, “isso é uma vergonha”, “a polícia abusou”, comentaram os internautas alvinegros.