O confronto entre Linense e São Paulo acabou se tornando o mais polêmico das quartas de final do Campeonato Paulista porque as duas partidas foram marcadas para o estádio do Morumbi. Segundo o presidente do time de Lins, José Hugo Moreira, a ideia partiu da diretoria são-paulina e ele aceitou por entender que, financeiramente, será algo bom para seu clube.
“Tínhamos duas possibilidades. Jogar no interior ou levar para o Morumbi ou Pacaembu. Por mais que a gente pudesse jogar no interior, a gente perde, porque vai ter mais torcedor do São Paulo em qualquer cidade e a gente não teria o retorno financeiro que pode ter atuando na capital. A gente dependia de um acordo e bom entendimento com o São Paulo e tivemos uma conversa tranquila”, explicou o dirigente.
Por causa da capacidade limitada do estádio municipal Gilberto Siqueira Lopes, o Linense fez um acordo com o Ministério Público para que pudesse atuar em seus domínios desde que não disputasse clássico no local. Sem poder atuar em sua casa, a diretoria da equipe de Lins decidiu privilegiar o lado financeiro.
“Tem que olhar o aspecto econômico. Não temos calendário nacional no segundo semestre e vamos disputar a Copa Paulista, que é um torneio deficitário financeiramente”, disse Moreira, que não quis jogar no Pacaembu por causa do tamanho do estádio. “Existia esta possibilidade, mas por uma proposta do São Paulo de fazer os dois jogos no Morumbi, com divisão igualitária de renda, entendemos que era algo razoável. O Morumbi é maior que o Pacaembu”, completou.