A Liga de Futebol Profissional Europeia (EPFL, na sigla em inglês) convocou oficialmente nesta sexta-feira, em sua assembleia na cidade do Porto, em Portugal, uma nova assembleia geral extraordinária, marcada para 6 de junho, em Genebra, na Suíça, onde irá discutir o futuro dos clubes do Velho Continente. Ao chamar todos os seus membros para novo encontro, a entidade alertou a Uefa sobre as “sérias preocupações” das ligas nacionais com os efeitos que poderão ser provocados pela reforma que será implementada pelo organismo que controla futebol europeu no ciclo entre 2018 e 2021.
A EPFL lembrou, por meio de nota publicada em seu site oficial, que o Memorando de Entendimento anteriormente firmado entre a entidade e a Uefa expirou formalmente no último dia 15 de março. O fato poderá impactar de forma negativa a partir de agora a agenda dos clubes europeus e “no próprio desenvolvimento do futebol (na Europa) como um todo”.
De acordo com a EPFL, a reforma promovida pela Uefa e o fim do acordo selado anteriormente dará aos clubes “total liberdade para programar seus jogos (de ligas domésticas) como entenderem – incluindo-os nos mesmos dias e horários de competições de clubes” organizados pela entidade que comanda o futebol europeu.
“Devido a estas circunstâncias históricas, a EPFL está agora convocando pela primeira vez uma assembleia geral extraordinária, que se será realizada em Genebra no dia 6 de junho de 2017”, informou o organismo que defende os interesses das ligas nacionais europeias.
Ao fim do comunicado oficial desta sexta, a EPFL ainda enfatizou que irá continuar negociando com a Uefa sobre os assuntos de calendário e promete atuar de forma ativa durante o processo de tomada de decisões da entidade máxima do futebol europeu neste próximo ciclo de reforma nas diretrizes deste esporte no continente.
A reforma a ser colocada em prática garante, entre outras coisas, que os quatro primeiros colocados das quatro principais ligas nacionais que encabeçam o ranking da Uefa tenham lugar garantido na Liga dos Campeões, uma mudança referendada na última quarta-feira pela Associação de Clubes Europeus (ECA, na sigla em inglês), que engloba um total de 155 times.
Para a LFPE, as novas regras da reforma a ser implementada pela Uefa também poderá aumentar o abismo que separa os clubes mais poderosos dos mais modestos no futebol europeu, que poderia ter suas competições nacionais enfraquecidas. Essa entidade defende os interesses de 32 ligas europeias e conta com 907 clubes filiados.