A Juventus largou em vantagem na busca por uma vaga na decisão da Copa da Itália nesta terça-feira, ao bater o Napoli por 3 a 1, em casa. Depois de sair atrás no primeiro tempo, o time de Turim contou com ótima atuação no segundo tempo e decisões polêmicas da arbitragem, que lhe marcou dois pênaltis, para virar o marcador e dar passo importante para mais uma final.
Com o resultado, a Juventus pode até perder por um gol de diferença na partida de volta, ou dois desde que o placar seja superior a 3 a 1. Ao Napoli, resta vencer por 2 a 0 ou por três gols de vantagem no dia 5 de abril, no Estádio San Paolo. Na outra semifinal, Lazio e Roma se enfrentam pela primeira vez nesta quarta, no Estádio Olímpico.
A atuação do árbitro Paolo Valeri foi bastante questionada pelos jogadores do Napoli nesta terça-feira. Eles reclamaram dos pênaltis marcados a favor do adversário, principalmente o segundo, do goleiro Reina em Cuadrado. Dybala converteu ambos e foi o destaque da Juventus, que também teve Higuaín marcando contra o ex-time. Callejón havia inaugurado o marcador para os visitantes.
O JOGO – O começo foi bastante animado, com Milik tendo boa chance para o Napoli mas Dybala respondendo na sequência, parando apenas em Reina. Aos poucos, a Juventus assumiu o controle da posse de bola e passou a dominar. Com 32 minutos, Higuaín recebeu de Asamoah na área, limpou o marcador e bateu de bico por cima do gol.
Mas quando o confronto parecia mais controlado pelos donos da casa, o Napoli foi preciso em uma das poucas oportunidades que teve e abriu o placar. Aos 35 minutos, Insigne avançou pela esquerda, tabelou com Milik, e tentou bater na área. A bola foi travada e sobrou para Callejón chutar para o gol vazio.
Imediatamente, a Juventus se lançou ao ataque na tentativa de responder, e perdeu chance incrível aos 44 minutos. Chiellini cruzou da esquerda e Mandzukic finalizou à queima-roupa para grande defesa de Reina. A sobra ficou com Lichtsteiner, que bateu com pouco ângulo, mas da pequena área. O goleiro espanhol, então, foi rápido para fechar o canto e tirar com o pé.
Os donos da casa mantiveram a postura na volta para o segundo tempo e demoraram somente um minuto para empatar. Dybala recebeu na área e tentou o corte diante de Koulibaly. O zagueiro pisou no pé do argentino e o árbitro viu pênalti, que o próprio atacante bateu no canto direito de Reina para marcar.
O controle era todo da Juventus, que passou a se aproveitar dos erros do Napoli para criar suas oportunidades. Aos 18 minutos, Cuadrado recebeu escanteio curto e cruzou para a área. Reina saiu mal do gol e só desviou. A sobra ficou com Higuaín, que mesmo sem ângulo desviou na direção do gol. Bonucci até apareceu na pequena área, mas só observou a bola entrar.
Com a vantagem, o time de Turim se fechou e passou a explorar os contra-ataques. Somente quatro minutos depois, chegou ao terceiro gol com mais um pênalti polêmico. Após saída em velocidade da defesa, Dybala arrancou sozinho pelo campo de ataque e tocou para Cuadrado, que tentou o drible sobre Reina. O espanhol desviou a bola e depois encostou no colombiano, que caiu. O árbitro viu pênalti, e Dybala cobrou novamente no canto direito para marcar.
O lance gerou revolta no Napoli, que não voltou a se estabilizar no restante da partida. Em falha defensiva do adversário, Callejón chegou a ter boa oportunidade na área, mas deixou claro o nervosismo dos visitantes ao não saber o que fazer com a bola. Melhor para a Juventus, que teve até certa facilidade para segurar a vantagem.