Testado e aprovado. O último jogo do Palmeiras antes da estreia na Copa Libertadores foi nesta sexta-feira à noite e o domínio na vitória sobre o Red Bull Brasil por 3 a 1, em Campinas, dá ao atual campeão brasileiro a confiança necessária para embarcar à Argentina em boas condições de estrear contra o Atlético Tucumán, na próxima quarta.
O técnico Eduardo Baptista quis fazer do confronto no estádio Moisés Lucarelli um teste para a competição continental cinco dias antes do jogo na Argentina. Por isso, ele vai avaliar mais o desempenho e menos o resultado. O modelo melhor para se analisar é do primeiro tempo. O Red Bull pouco ameaçou.
Só não para dizer que o Palmeiras está em plenas condições porque a etapa final teve momentos de sufoco mesclados com contra-ataques perigosos a favor.
O adversário mostrou toque de bola e qualidade, principalmente pelo fato de o seu técnico, Alberto Valentim, conhecer tão bem o Palmeiras, onde trabalhou por três temporadas como auxiliar. O time campineiro avançou a marcação e criou dificuldades.
O alento à torcida alviverde para confiar em boa atuação na Argentina é o novo gol de Borja. O colombiano jogou só a etapa final, mas ainda assim deixou o dele, o último da vitória. São dois gols em dois jogos.
O Palmeiras jogou vestido com o uniforme azul no campo encharcado do estádio da Ponte Preta com a formação tática do ano passado. O 4-2-3-1 do técnico Cuca foi escolhido pelo segundo jogo seguido e novamente pareceu dar mais resultados do que o esquema anterior usado em 2017, o 4-1-4-1.
Com dois volantes para ajudar na saída de bola e um trio de armadores, a equipe ganhou presença no campo de ataque e foi bem no primeiro tempo. A maioria das chegadas era pela esquerda, com Keno e Egídio. Do outro lado, Dudu tentava inverter posições com Guerra para confundir a marcação.
O “laboratório” de experiências antes da estreia na Copa Libertadores mostrou um time com outra característica em comum à equipe de Cuca, a intensidade e a marcação na saída de bola do adversário.
Para facilitar o trabalho do time, em busca de testar a formação, o gol saiu cedo. Era sete minutos de jogo quando um chute torto de Dudu caiu nos pés de Willian. O atacante do Palmeiras finalizou e abriu o placar. A vantagem, acompanhada de mais posse de bola, possibilitou a criação de outras chances.
No intervalo o Palmeiras fez duas modificações, com Baptista promovendo as entradas de Michel Bastos e Borja nos respectivos lugares de Guerra e Willian. As mudanças, aliadas ao avanço da marcação do Red Bull, fizeram o time diminuir o ritmo. Por isso, os contra-ataques viraram as principais armas palmeirenses, e não mais a pressão e posse bola. Foi assim que aos 34 minutos Róger Guedes recebeu passe de Zé Roberto e finalizou na saída do goleiro para abrir 2 a 0.
A vitória ficou mais apertada depois de Evandro diminuir, aos 42 minutos da etapa final. O lance acendeu um alerta na defesa, mas o mesmo foi aliviado rapidamente pelo colombiano Miguel Borja, aos 48.
Após brigar sozinho contra a defesa durante o segundo tempo, o atacante foi presenteado com um gol nos acréscimos e a concretização de um resultado importante para o Palmeiras iniciar na próxima semana a caminhada mais aguardada nesta temporada. A Libertadores é a prioridade que levou o time a ser testado até agora no ano.
O resultado deste domingo levou o Palmeiras aos 15 pontos na liderança disparada do Grupo C do Paulistão, enquanto o Red Bull contabiliza apenas cinco como terceiro colocado do Grupo B e segue sob ameaça de rebaixamento à Série A2.
Após estrear na Libertadores, o Palmeiras voltará a campo pelo torneio estadual no próximo dia 10, no clássico contra o São Paulo, às 16 horas, no Allianz Parque. No mesmo dia e horário, o Red Bull irá encarar o Audax, em Osasco.
FICHA TÉCNICA
RED BULL BRASIL 1 X 3 PALMEIRAS
RED BULL: Saulo; Taylor, Willian Magrão, Luan Peres e Thallyson; Fillipe Souto, Alison (Evandro), Nixon (Bruno Lopes) e Elvis (Dener); Rodrigo e Elton. Técnico: Alberto Valentim.
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Edu Dracena, Vitor Hugo e Egídio; Felipe Melo e Zé Roberto; Keno (Róger Guedes), Guerra (Michel Bastos) e Dudu; Willian (Borja). Técnico: Eduardo Baptista.
GOLS – Willian, aos 7 minutos do primeiro tempo; Róger Guedes, aos 34, Evandro, aos 42, e Borja, aos 48 do segundo.
ÁRBITRO – Vinícius Furlan.
CARTÕES AMARELOS – Elvis, Felipe Melo, Bruno Alves e Elton.
PÚBLICO – 9.620 pagantes.
RENDA – R$ 412.400,00.
LOCAL – Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP).