Longe de convencer numa temporada marcada pela irregularidade, o tenista sérvio Novak Djokovic ganhou neste sábado um bom motivo para sonhar em Wimbledon. O atual número quatro do mundo conquistou o título do Torneio de Eastbourne, também na Inglaterra, ao superar na final o francês Gael Monfils por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/4, em 1h16min.
Com o título, ele também manteve a freguesia diante do rival e encerrou um jejum de seis meses sem levantar um troféu. Ele não se sagrava campeão desde janeiro, quando venceu em Doha, no Catar. Desde então, seu melhor resultado foi o vice-campeonato do Masters 1000 de Roma, na Itália.
Em Eastbourne, Djokovic surpreendeu ao decidir competir de última hora. Nos últimos anos, ele não disputou nenhum torneio preparatório para Wimbledon. O sérvio entrou no torneio inglês, como convidado e cabeça de chave número 1, para ganhar maior competitividade e renovar a confiança, abalada pela queda nas quartas de final de Roland Garros, diante do jovem austríaco Dominic Thiem.
Por causa dos resultados recentes, Djokovic até deixou a lista dos principais favoritos ao título em Wimbledon, apesar dos troféus conquistados em 2015 e 2014. Foi justamente no Grand Slam britânico, no ano passado, que começou a queda de rendimento do tenista. Em Londres, foi eliminado logo na terceira rodada.
Depois caiu na estreia nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, uma de suas maiores prioridades da temporada. Foi batido na final do US Open e na decisão do ATP Finals, resultados que lhe custaram o número 1 do mundo. Neste ano, ainda não conseguiu nenhum resultado expressivo e caiu para o quarto posto do mundo.
Para tentar reverter esta situação justamente no local onde teve início a queda, Djokovic mostrou serviço em Eastbourne nesta semana. Venceu com facilidade seus três primeiros jogos, contra rivais de menor expressão. Mas exibiu força na final, contra o atual 16º do ranking.
O sérvio sustentou seu saque do início ao fim, salvando três break points (todos na segunda parcial), e impôs três quebras ao rival francês. Sem maior resistência de Monfils, sacramentou sua 14ª vitória sobre o adversário no circuito profissional, mantendo o jejum de triunfos de Monfils no retrospecto.