A Prefeitura de São Paulo e as entidades que representam os shoppings centers na cidade assinaram um termo de compromisso que autoriza, a partir desta quinta-feira, 11, que os centros de compras da cidade reabram as portas, fechadas desde o dia 20 de março. Os shoppings vão funcionar das 16h às 20h neste momento, em que a operação só é permitida durante quatro horas por dia. Há opção também que eles abram das 6h às 10h, mas quem optar por um horário terá de se manter fechado no outro.
Os shoppings terão de ter controle de acesso aos clientes, de forma a garantir que a lotação atinja apenas 20% da capacidade de cada prédio. Eles terão de oferecer álcool em gel, medir a temperatura dos clientes e agir para evitar que clientes se aglomerem dentro dos estabelecimentos.
"As lojas que estão dentro do shopping têm de seguir as mesmas regras de higiene que as lojas fora do shopping também têm de atender", disse o prefeito Bruno Covas (PSDB). "Ainda estamos em quarentena, ainda peço para a população utilizar máscara, evitar aglomeração e evitar sair de casa. Essa forma encontrada pela Prefeitura, de discutir os protolocos com os setores, é a forma que dá mais tranquilidade que a gente não vá retroceder à fase anterior", completou.
Cinemas, teatros e praças de alimentação continuarão fechadas para o atendimento ao público (mas os restaurantes podem continuar operando serviços delivery). Já os supermercados, farmácias e laboratórios clínicos no interior desses estabelecimentos não precisarão respeitar o limite de horas e operar o dia todo.
A negociação feita pela Prefeitura determinada que os centros de compras não poderiam abrir e fechar nos horários de pico (das 7h às 10h e das 17h às 20h). O horário também não bate com o funcionamento do comércio de rua, que desde esta quarta-feira esteve autorizado a abrir das 11h às 15h, também obedecendo a uma série de regras para manter o distanciamento social
A capital paulista, que havia sido considerada uma zona "laranja" no plano de reabertura econômica do governo do Estado, o Plano São Paulo, manteve a classificação nesta semana. Segundo os dados do governo, embora a variação do total de novos casos e a quantidade de leitos existentes autorizassem uma abertura comercial até maior, a média de ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), na casa dos 78%, fez com que a cidade mantivesse a classificação anterior.
"A expectativa da Prefeitura é que, com esses protocolos, a gente reabra com a segurança necessária para continuar a melhorar os índices na cidade de São Paulo", afirmou o prefeito, em vídeo divulgado pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura.