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Com renúncia, ação contra Clésio vai para 1ª instância

A decisão do senador Clésio Andrade (PMDB-MG) de renunciar ao mandato parlamentar, oficializada nesta terça-feira, 15, no plenário da Casa, levará a mudanças na tramitação do único processo do mensalão mineiro que ainda corre no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação, a que Clésio responde por peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro, seguirá para a primeira instância da Justiça Federal.

O Ministério Público acusa o agora ex-senador de participação no desvio de R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ele era candidato a vice na chapa de Azeredo. O peemedebista também já foi vice-governador no primeiro mandato de Aécio Neves como governador de Minas (2003-2006). Em fevereiro, Azeredo seguiu o mesmo caminho tomado agora por Clésio e renunciou ao mandato de deputado federal, o que também levou o seu processo no STF do mensalão mineiro para a primeira instância.

Na carta lida pelo primeiro vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), Clésio Andrade informou que a decisão de renunciar ocorreu por “motivo de acometimento de problema de saúde”, o que o levará a tratamentos médicos que vão se estender pelo restante do mandato dele. “Não optei por licença, uma vez que considero prejuízo ao Erário público o recebimento sem o respectivo desempenho das funções e para ser coerente com a austeridade que imprimi durante todo o meu mandato de Senador com relação às verbas de representação e gastos com o Gabinete”, afirmou, na carta.

O peemedebista agradeceu ao povo mineiro e aos senadores com a “certeza do dever cumprido” e menciona que vai assumir o restante do mandato, que se encerra no início de 2015, Aureliano Chaves Filho, filho de Aureliano Chaves, vice de João Figueiredo (1979-85).

Clésio era o primeiro suplente do senador Eliseu Resende (DEM-MG), que morreu em janeiro de 2011. O peemedebista não conseguiu apoio do partido para se candidatar ao governo de Minas Gerais em outubro e, por isso, desistiu de concorrer a um novo mandato eletivo. Clésio disse que pretende voltar a suas atividades profissionais tão logo sua saúde permita. Em abril, ele se licenciou do comando da Confederação Nacional dos Transportes.

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