Noticia-geral

Alckmin elevou o tom sobre a Santa Casa, diz ministro

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, atribuiu nesta quarta-feira, 29, ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) a elevação do tom da polêmica em torno do destino dado a R$ 74 milhões transferidos pelo governo federal para São Paulo.

Desde a semana passada, ministério e secretaria de São Paulo travam um duelo contábil em torno dos recursos. Ministério afirma que os recursos deveriam ter chegado aos cofres da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Nesta segunda-feira, 28, o secretário estadual de Saúde, David Uip, afirmou que repasses estavam corretos, que os recursos informados pelo ministério eram referentes a incentivos que já foram extintos e, portanto, havia erros bizarros da pasta. E pediu retratação do ministério.

Chioro afirmou que não fez acusações diretas ao governo e que, no início da discussão, o tom era cordial. “Liguei para São Paulo, a área técnica do governo federal entrou em contato com a área técnica do Estado. Não conseguimos identificar a diferença”, relatou Chioro.

O ministro afirmou que, num primeiro momento, Uip chegou a cogitar a possibilidade de que a diferença fosse causada por empréstimos consignados entre a instituição e a secretaria. “Quem elevou o tom foi o governador, que afirmou que somente 40% dos recursos da Santa Casa vêm de repasses do governo federal e isso não é verdade”, disse. “Tanto é que os dados estão abertos. No volume total dos recursos que passamos não aparecem R$ 74 milhões.”

Chioro afirmou estar esperando uma resposta por escrito. “Nota de imprensa tem mais tom de acusação do que de esclarecimento.” A pasta enviou na sexta-feira, 25, um pedido formal de esclarecimentos, que até agora não teve resposta. “Provavelmente, eles devem estar tentando entender o que aconteceu”, afirmou.

O ministro disse que a pasta já enviou o nome de uma representante para participar da auditoria que avaliará as contas da Santa Casa. Não há, de acordo com Chioro, data confirmada para o início dos trabalhos.

Posso ajudar?