Na largada da campanha eleitoral, o tucano Aécio Neves arrecadou pelo menos R$ 11 milhões em doações de empresas e pessoas físicas, mais do que a presidente Dilma Rousseff (PT), cuja prestação parcial de contas registrou entradas de R$ 10,125 milhões. Eduardo Campos, do PSB, não ficou muito atrás, com R$ 8,2 milhões.
Aécio recebeu, nas contas de candidato e do comitê financeiro, doações de 11 empresas, no total de R$ 10,9 milhões, e de três pessoas físicas, cuja soma foi de R$ 104 mil. Seu maior financiador foi o grupo JBS, do setor de processamento de carnes, com uma contribuição de R$ 5 milhões – o mesmo valor repassado à campanha de Dilma. Oito empreiteiras doaram, juntas, R$ 4,6 milhões ao candidato do PSDB.
A arrecadação de Aécio pode ter sido maior porque o PSDB não repassou ao tucano tudo o que recebeu de empresas e pessoas físicas. Após distribuir recursos entre diversos candidatos, o partido ainda ficou com R$ 4 milhões em caixa, valor que pode transferir a qualquer momento a seu presidenciável.
No caso de Dilma, houve doações de apenas quatro empresas. As contribuições de empreiteiras foram minguadas. Apenas a Andrade Gutierrez compareceu, com R$ 1 milhão. Depois do JBS, o principal doador foi a Ambev, com R$ 4 milhões – o grupo do setor de bebidas também doou R$ 3,25 milhões ao PSDB, dos quais apenas R$ 1,2 milhão foi repassado para a conta de Aécio.
Além de Dilma e de seu comitê financeiro, a direção nacional do PT prestou contas de R$ 6,3 milhões recebidos de empresas – valor integralmente repassado para campanhas estaduais.
No relatório das despesas, o fornecedor que mais recebeu dinheiro do comitê financeiro do PSDB foi a 2014 Comunicação Ltda, de Belo Horizonte, responsável pela produção de programas de TV de Aécio e pelo pagamento a outros prestadores de serviço da campanha. No total, recebeu R$ 3,754 milhões – 56% de tudo que o comitê gastou até agora.
O JBS também doou R$ 1 milhão para Eduardo Campos. No total, o grupo já distribuiu cerca de R$ 50 milhões a campanhas de presidente e a outros cargos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.