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Estiagem exige rodízio de represas para manter volume

Com os níveis dos reservatórios abaixo de 30% da capacidade total pela primeira vez nos últimos 16 anos, a Bacia do Rio Paraíba do Sul também atravessa uma das piores estiagens de sua história e passou a fazer uma espécie de rodízio entre as suas represas para manter o volume mínimo de água necessário para geração de energia e abastecimento público.

Depois de determinar a liberação de 80 mil litros por segundo da Represa Paraibuna, a maior da Bacia do Paraíba do Sul, mas que chegou a 13% da capacidade por causa da estiagem na região, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) havia decidido poupar o reservatório para retirar mais água da Represa Jaguari, que liberava 10 mil litros por segundo e apresenta o melhor nível de armazenamento, com 37,9%.

Com a decisão da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) de não aumentar a vazão no Rio Jaguari de 10 mil litros para 30 mil litros por segundo, o ONS manteve a liberação maior de outros reservatórios também com baixa capacidade de armazenamento.

Em abril, o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que relatório do ONS mostrava que a estiagem na Bacia do Rio Paraíba do Sul poderia deixar os quatro principais reservatórios com apenas 1,8% da capacidade já em novembro. O nível seria o mais baixo da história dos mananciais que abastecem a região do Vale do Paraíba e 80% do Estado do Rio.

O cenário é resultado de uma simulação feita pelo ONS com base na pior seca já registrada na região, em 1955, e na vazão de 190 mil litros por segundo que podem ser bombeados hoje na usina elevatória de Santa Cecília, em Barra do Piraí, para a geração de energia pela Light e para o abastecimento do Rio.

Por causa da seca, no mês passado, a Agência Nacional de Águas (ANA) reduziu de 190 mil litros para 165 mil litros por segundo a vazão da Barragem de Santa Cecília para preservar os estoques de água disponíveis nos reservatórios da Bacia do Rio Paraíba do Sul.

A decisão considerou a atual situação desfavorável na região, em função da falta de chuvas. À época, a agência federal informou que a redução de vazão será acompanhada de avaliações periódicas dos impactos que a medida terá sobre os diversos usos da água servida pelo Rio Paraíba do Sul e seus afluentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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