O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) André Pepitone disse nesta quinta-feira, 14, que o órgão regulador ainda não recebeu nenhuma resposta da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) sobre a vazão da usina no rio Jaguari, no interior paulista. Ele lembrou, porém, que a companhia ainda está dentro do prazo de 15 dias para explicar porque vem descumprindo uma recomendação do Operador Nacional do Sistema (ONS) em gerar mais energia e, consequentemente, liberar mais água do reservatório.
“Enquanto há o prazo legal, não há nenhuma outra medida a ser tomada. Sabemos que a Agência Nacional de Águas (ANA) busca uma mediação no caso e a preocupação do setor elétrico é com as usinas daquela cascata, pois uma menor vazão de água em São Paulo pode afetar a garantia física de outros empreendimentos elétricos ao longo desse rio”, disse Pepitone, após ser reconduzido ao cargo em cerimônia realizada nesta manhã no Ministério de Minas e Energia (MME).
Apesar de admitir que mudanças drásticas na vazão da usina possam afetar o potencial de hidrelétricas de outras empresas, o diretor afirmou que o interesse público tem de ser garantido. “Se o interesse público for na linha de realmente se necessitar de uma menor vazão, eventualmente será necessário o reequilíbrio dos contratos das usinas afetadas. Mas tudo ainda está em avaliação”, declarou.