O presidente da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou nesta terça-feira, 19, que a candidatura de Marina Silva à Presidência da República pelo PSB, no lugar de Eduardo Campos que faleceu na semana passada depois de um acidente de avião, não preocupa o setor. “Independente do governo e de eventuais ideologias, nós temos consciência de que somos parte importante do desenvolvimento da economia brasileira”, disse ao deixar o Ministério da Fazenda, onde esteve reunido com o secretário de Política Econômica, Márcio Holland.
Ao ser questionado sobre o viés ambientalista de Marina Silva e se poderia afetar os planos de investimento das empresas, Moan afirmou que o setor é um dos mais racionais no uso de energia elétrica e tem um cuidado ambiental extremo, “à frente do que determina a própria legislação”.
O presidente da Anfavea informou que a reunião com Holland foi para discutir conjuntura econômica e apresentar os dados do setor relativos ao último mês. Segundo ele, as empresas esperam ter um crescimento nas vendas de 14% no segundo semestre em relação ao primeiro semestre desse ano. “Junho foi o fundo do poço para o setor e já começamos a recuperação em julho”, disse.
Segundo ele, se não houvesse a manutenção da redução das alíquotas de IPI a partir de julho, o setor teria uma estabilidade ou queda nas vendas ao invés de um crescimento de 11,8% em relação a junho. Moan disse que a retomada nas vendas no segundo semestre desse ano apontam também para uma tendência melhor para 2015.