A Justiça de Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul, começou a ouvir as testemunhas do caso Bernardo Boldrini na manhã desta terça-feira, 26. O acesso à sala de audiências do fórum local é limitado às 33 pessoas que vão prestar depoimento, advogados, réus e representantes do Ministério Público.
Do lado de fora, um grupo de dezenas de pessoas, a maioria jovens, rezou para que a justiça seja feita e protestou quando percebeu que a assistente social Edelvânia Wirganovicz e o motorista Evandro Wirganovicz estavam entrando no prédio por um acesso lateral.
Edelvânia e Evandro, irmãos, são réus do processo, acusados de terem colaborado com o assassinato de Bernardo. Os outros dois réus – o médico Leandro Boldrini, pai, e a enfermeira Graciele Ugulini, apontados pelo Ministério Público como mentor e executora do plano – usaram do direito de não ir à audiência.
O garoto de 11 anos desapareceu de casa no dia 4 de abril deste ano e o corpo foi encontrado dez dias depois.
Depois de ouvir as testemunhas que moram em Três Passos, a Justiça vai convocar as que residem em outras cidades. Ao todo, estão arroladas para prestar depoimento 25 testemunhas da acusação e 52 dos réus. Depois disso, serão tomados os depoimentos dos réus. A data do julgamento não está definida.