O estudo anual sobre a situação do trânsito de São Paulo mostra que a quantidade de ônibus em circulação da cidade só aumentou nos pontos onde a Prefeitura instalou faixas exclusivas. Fora desses locais, a quantidade de coletivos misturada ao fluxo viário chegou até a cair.
Para entender os dados, antes é preciso compreender um detalhe da Pesquisa de Monitoração da Fluidez da CET. É o corte que ela faz do Município: os técnicos classificam corredores viários (exemplo: Avenidas Eusébio Matoso, Rebouças e Consolação) como uma única “rota”.
Compreendido isso, ao analisar as nove rotas que receberam a faixa exclusiva em ao menos alguma de suas avenidas, observa-se queda de 3,7% na quantidade de ônibus em circulação na área como um todo. Houve queda também do volume de carros, de 6%. No horário de pico da manhã, mesmo com as faixas, a quantidade de carros cresceu 3,9%. A de ônibus se manteve estável: avançou 0,1%.
Mas, observando apenas a avenida que teve a faixa exclusiva – não a rota toda -, a quantidade de ônibus em circulação subiu. Aumentou de 5.939 para 6.168 ônibus no pico da manhã (3,9%) e de 4.929 para 5.106 ônibus no pico da tarde (3,6%).
Segundo o diretor de Planejamento, Projetos e Educação de Trânsito da CET, Tadeu Leite Duarte, a redução no número de ônibus nas rotas, se avaliada como um todo, ocorreu por uma “racionalização” das linhas de ônibus. “É uma racionalização, para direcionar os ônibus para as vias mais rápidas”, segundo disse. E para evitar a sobreposição de linhas diferentes com itinerários iguais. “É algo que o secretário Jilmar Tatto sempre diz”, afirma.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.