Morreu na manhã desta segunda-feira, 01, o arquiteto e designer carioca Sergio Rodrigues, aos 86 anos, vítima de insuficiência hepática, segundo informações divulgadas pela família de Rodrigues, que estava em casa.
O corpo será cremado na quarta-feira, 03, no Memorial do Carmo, no Caju, zona norte do Rio – está prevista cerimônia na Capela 2, de 9 às 14 horas.
Para o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Rodrigues “deixa um legado rico e reconhecido internacionalmente”. “A Poltrona Mole é sua obra mais importante, mas ele também se destacou pelas edificações dos pavilhões de hospedagem e restaurante da Universidade de Brasília, em 1962. Profissional dedicado, estava em permanente atualização com os meios técnicos de criação de mobiliários”, destaca o IAB-RJ, em nota.
Apontado como um dos mais importantes criadores do móvel moderno no Brasil, Rodrigues foi responsável por uma grande variedade de peças, das quais a mais famosa é a chamada Poltrona Mole, de 1957. Ao lado de Joaquim Tenreiro e José Zanine Caldas, ele levou o design brasileiro a ser conhecido internacionalmente e inscreveu o seu nome na história do design.
Atuando inicialmente como arquiteto, Rodrigues trabalhou ao lado de David Azambuja, Flávio Regis do Nascimento e Olavo Redig de Campos no projeto do Centro Cívico de Curitiba. Depois, trilhando caminho percorrido por João Batista Vilanova Artigas, Oscar Niemeyer, Oswaldo Bratke e Paulo Mendes da Rocha, saltou da arquitetura para o design de móveis.
O arquiteto usava madeiras nativas em suas criações e resgatou o espírito da mobília tradicional, além de aspectos do Brasil indígena. Teve várias de suas peças escolhidas para integrar o mobiliário do Palácio do Planalto, do Itamaraty e da Universidade de Brasília, entre outros. O arquiteto era casado e deixa três filhos.