Mesmo sem chuva, o Sistema Cantareira foi o único dos principais sistemas hídricos de São Paulo a não registrar queda no volume armazenado de água, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta quinta-feira, 3. O nível de todos os outros mananciais caiu.
Considerado o principal sistema, o Cantareira permanece estável com 15,3% da capacidade, mesmo nível do dia anterior, de acordo com a Sabesp. O índice tradicionalmente divulgado pela companhia considera duas cotas de volume morto, adicionadas no ano passado, como se fossem volume útil.
A pluviometria acumulada nos três primeiros dias de setembro é de apenas 0,2 milímetro, bem abaixo da expectativa para o mês já que, se a média histórica estivesse se repetindo, deveria chover 2,9 mm por dia. Em 2014, ano do início da crise hídrica, por exemplo, já havia chovido 29,9 mm nesse mesmo período.
A estabilidade do Cantareira aconteceu após cinco dias de quedas consecutivas. O manancial não registra aumento do volume de água represada há mais de um mês: a última vez foi no dia 27 de julho, quando subiu de 18,8% para 18,9%.
No cálculo negativo, no entanto, o Cantareira registrou baixa de 0,1 ponto e opera com – 14%, ante – 13,9% no dia anterior. Mesma variação sofreu o terceiro índice do sistema que aponta o manancial com 11,8%, contra 11,9% na quarta.