A equipe responsável pelo aplicativo Uber criou uma campanha pela internet, divulgada nas redes sociais, para que usuários peçam por e-mail que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, vete o Projeto de Lei 122/15, que proíbe o funcionamento do aplicativo.
“Soluções inovadoras e inteligentes para antigos problemas têm sido marca desta gestão, e neste momento o prefeito é o único que pode impedir que isso se torne Lei. Diga a ele que você apoia a decisão de vetar esse projeto e peça que ele defenda seu direito de escolha”, pede a equipe do Uber, no site oficial do aplicativo.
O projeto de lei, de autoria do vereador Jorge Felippe (PMDB), foi aprovado no último dia 25. A multa estabelecida para condutores e empresas que oferecerem transporte individual irregular, pelo texto, é de R$ 2 mil. Dos 48 vereadores, 43 votaram a favor e somente 1 contra. O projeto aguarda a sanção de Paes.
No dia 31 de agosto, o Uber já havia publicado uma carta aberta, onde pedia diretamente a Paes que vetasse o projeto aprovado. “Temos apenas um pedido: para que ele não permita que a tecnologia e a inovação sejam banidas do Rio de Janeiro, como fez a Câmara Municipal, sem antes ouvir a sociedade”, dizia o texto.
Na carta, o Uber ressalta que uma petição elaborada por usuários a favor do aplicativo no Rio juntou 8,5 mil assinaturas. “O projeto que foi aprovado pelos vereadores privilegia uma categoria, colocando em segundo plano a população”, afirmou a empresa.
Dilma
Nesta quarta-feira, 2, em entrevista no Palácio do Planalto, a presidente Dilma declarou que o Uber “tira o emprego dos taxistas”. Ela reconheceu, no entanto, que “a tecnologia sempre produziu isso no mundo”, após lembrar que seu avô era seleiro. “Você imagina o que aconteceu com emprego dele quando apareceram os carros. A vida é assim”, comentou ela, ao observar que o tema “é uma polêmica”.