Maia diz que acha ótimo se Bolsonaro mantiver Lorenzoni na Casa Civil

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), disse nesta sexta-feira, 31, que acharia "ótimo" a manutenção de Onyx Lorenzoni, que é do seu partido, na chefia da Casa Civil. Maia, contudo, garantiu que uma eventual saída do ministro não atrapalharia a relação do Congresso com o presidente Jair Bolsonaro. "Se exonerá-lo, é um problema do governo", declarou.

Nos últimos dias, Bolsonaro esvaziou a Casa Civil. Primeiro, exonerou o então secretário-executivo da Pasta, Vicente Santini, e, depois, tornou nula sua nomeação em uma secretaria subordinada ao ministério. Na quinta-feira, 30, o presidente anunciou também que irá transferir o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) da Casa Civil para o Ministério da Economia. Tudo isso ocorreu enquanto Onyx Lorenzoni estava de férias. Bolsonaro e Onyx deverão se encontrar nesta sexta.

Sobre isso, Rodrigo Maia procurou afastar qualquer possibilidade de animosidade entre governo e Congresso. "Com a Câmara não vai gerar problema nenhum. Uma coisa é a gente apoiar o trabalho do Onyx, trabalhar em sintonia com ele. Se o presidente resolver mantê-lo no poder eu acho ótimo, será uma decisão boa. Se exonerá-lo, é um problema do governo, nós não vamos pautar a nossa Casa porque o governo nomeia ou exonera algum funcionário", sustentou, após reunião fechada com investidores no Rio. "Quem tem que avaliar isso é o presidente da República. Eu não tenho que avaliar nomeação de ninguém."

Maia foi além e disse que a ida de Onyx ao governo não partiu de seu legebda. "Do DEM nunca foi indicação. O próprio presidente já disse que seus ministros foram todos indicações pessoais dele", comentou o presidente da Câmara. "O DEM tem relação (com Onyx) antes e um respeito enorme pelo trabalho dele. Agora, essa questão de nomear e exonerar não é problema nosso, do Parlamento, muito menos do DEM."

<b>Congresso</b>

Sobre o ritmo de trabalho no Congresso Nacional, Rodrigo Maia disse estar torcendo para que a votação do pacto federativo ocorra ainda no primeiro semestre. "A parte do pacto está no Senado e esperamos que o Senado vote rápido. Nós estamos prontos para continuar, dar prosseguimento. Reforma administrativa e tributária estão na agenda da Câmara", afirmou.

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