O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) negou neste domingo que está sendo escondido pela campanha do seu sucessor, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Em relação à corrida presidencial, não quis declarar o seu voto. “É uma injustiça. Se há uma pessoa que defendeu o tempo todo o nosso legado, a minha pessoa e o nosso governo foi Luiz Fernando Pezão. Estou muito satisfeito”, afirmou após votar em uma escola em Copacabana, zona sul do Rio. Sobre seu voto para presidente, disse ter “uma relação extraordinária com a presidente Dilma (Rousseff) e com o presidente Lula”. E completou: “Sou muito amigo do Aécio (Neves). São 31 anos de amizade”.
Cabral afirmou que sentiu uma “emoção muito grande” ao votar em seu filho Marco Antonio Cabral para deputado federal pelo PMDB. O ex-governador disse que votou também em César Maia (DEM) para senador e Paulo Melo para deputado estadual. Cabral chegou na Escola Municipal Roma por volta das 15h45 e permaneceu no local por cerca de 20 minutos. Ele conversou, tirou fotos e algumas selfies com eleitores. Na saída, dois militantes do PSOL chamaram Cabral de ditador.
A respeito do adversário de Pezão no segundo turno, ainda não definido em pesquisas, afirmou que “adversário não se escolhe”. “É aguardar e em seguida fazer uma avaliação do quadro, traçar uma estratégia de 21 dias de campanha”. Cabral destacou que Pezão não era muito conhecido, mas que a televisão permitiu que as pessoas o “conhecessem ou lembrassem das conquistas dos últimos sete anos, que não foram triviais, nem poucas, e em todos setores”.
No que pareceu um ataque ao candidato ao governo estadual do PT, Lindbergh Farias, disse que políticos relevantes transferem ou não votos. “Aqui mesmo no Rio houve políticos que apoiaram outros. Ou conquista o coração do eleitor, ou não conquista”. Questionado se teria uma maior participação no segundo turno da campanha, disse que essa fase é menos de rua, lembrando que Pezão terá 10 minutos de exposição em TV e rádio no horário político.