O Acre elegeu o senador mais jovem do Brasil: Gledson Cameli (PP), de 36 anos completados em março deste ano. É a mesma idade que Marina Silva tinha quando foi escolhida senadora, também pelo Acre, em 1994. Para ser senador no Brasil é preciso ter, no mínimo, 35 anos. Cameli foi eleito com votação expressiva: 58% dos votos, contra 36% de Perpetua de Almeida (PCdoB) – em números absolutos, levou mais votos que o candidato ao governo do Acre Tião Viana (PT), que vai para o 2.º turno com Márcio Bittar (PSDB).
“Ser o mais jovem triplica minha responsabilidade”, diz Cameli, que reivindica representar a insatisfação das ruas de junho de 2013. A juventude do senador, no entanto, não se traduz em novas pautas na sua agenda política, que tem até uma proposta conservadora: redução da maioridade penal para 16 anos.
Outras bandeiras do candidato são a diminuição da carga tributária e a instituição de mandatos de 5 anos, sem reeleição e a construção de ponte sobre o Rio Madeira, que ainda mantém o Acre apartado do País. “Com a cheia que tivemos no rio, ficamos isolados. Aí a União diz que não tem dinheiro para fazer a ponte, mas empresta para Cuba, país comunista, fazer um porto?”
Ele é um dos responsáveis pelo rejuvenescimento do Senado – os 27 eleitos têm, na média, 58 anos -, mas não é novato na política. Foi eleito deputado federal pelo Acre em 2006 e reeleito em 2010. Já passou por PPS e PFL antes do PP, e é sobrinho do ex-governador do Acre Orleir Cameli, morto ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.