A advogada Denise Abreu, chefe da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) durante o caos aéreo, em 2007, foi nomeada pelo prefeito João Doria (PSDB) como diretora do Departamento de Iluminação Pública, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Serviços e Obras.
Denise é presidente municipal do Partido da Mulher Brasileira (PMB) e chegou a lançar candidatura à Prefeitura nas eleições de 2016, mas desistiu da disputa para apoiar Doria. O nanico PMB foi um dos 13 partidos da coligação do tucano, que tem negado loteamento político na sua gestão.
Em 2014, ela foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma das responsáveis pelo acidente do airbus da TAM no Aeroporto de Congonhas, que matou 199 pessoas em julho de 2007. A época, ela era diretora da Anac e teria cometido atentado contra a segurança ao assumir o risco de expor aeronaves em perigo. No ano seguinte, Denise foi absolvida pela Justiça Federal.
Antes da Anac ela havia atuado na Casa Civil no primeiro governo Lula (2003-2006) e era tida como próxima do então ministro José Dirceu. Ficou famosa ao ser fotografa em uma festa durante o caos aéreo fumando um charuto, o que ela negou em depoimento na CPI do Apagão Aéreo.
Após sair da Anac, em agosto de 2007, ela acabou se tornando um desafeto dos petistas, fazendo duras críticas ao PT. Em 2014, foi pré-candidata à Presidência pelo nanico Partido Ecológico Nacional (PEN), que depois acabou abrindo mão de candidatura própria para apoiar o tucano Aécio Neves.