Ao justificar os reajustes anunciados nesta quarta-feira, 4, nas tarifas de ônibus intermunicipais, o presidente da EMTU, Joaquim Lopes, disse nesta quinta-feira, 5, que, diferentemente do que acontece na capital paulista, não há subsídios no transporte público entre as cidades de São Paulo, o que torna necessário repassar custos aos usuários. “A receita arrecadada tem que cobrir os custos”, afirmou o gestor da empresa responsável pelos sistemas de transporte metropolitano.
Pelo mesmo motivo, será cobrada a tarifa de R$ 1,00 na integração entre linhas municipais e metropolitanas feita nos terminais Piraporinha, Diadema e São Mateus. O objetivo, disse Lopes, é reequilibrar o contrato, repassando custos assumidos pela concessionária que opera o corredor metropolitano que liga o extremo leste da capital paulista ao bairro de Jabaquara, na zona sul, passando por quatro municípios do ABC: Mauá; Santo André; São Bernardo do Campo e Diadema.
Num contrato assinado em 2012, a Metra, concessionária da linha, assumiu obrigações adicionais, como a manutenção da rede aérea de alimentação dos trólebus, e a nova tarifa servirá para transferir esses gastos aos usuários do serviço.
“Não seria correto dividir essa despesa com outros passageiros quando você tem três terminais com 27 mil passageiros fazendo integração gratuita num momento de dificuldade econômica e financeira como temos agora”, comentou Lopes, após participar, na manhã desta quinta-feira, de evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Entre as novas cobranças anunciadas ontem pela Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, foi fixada também uma tarifa de R$ 1,12 na integração do metrô com linhas dos terminais Campo Limpo e Capão Redondo, na periferia de São Paulo.