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Alunos são ameaçados por denunciar trote na PUC Sorocaba

Estudantes de medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Sorocaba estão sendo ameaçadas por terem denunciado violências à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga os trotes em universidades paulistas. Os oito alunos foram chamados de “traidores” e “mentirosos” por mensagens enviadas a seus celulares no momento em que davam o depoimento, na tarde de quinta-feira, 30. As ameaças continuaram nas redes sociais. Temendo represálias, os estudantes pediram que seus nomes fossem mantidos em sigilo.

Nos depoimentos, eles confirmaram práticas cruéis empregadas pelos veteranos na recepção aos calouros, como ingerir fezes, pimenta, alho e cebola, e tomar bebidas alcoólicas até vomitar. Uma estudante foi agredida fisicamente ao defender uma colega que era humilhada – o caso foi registrado na Polícia Civil. Como a audiência era transmitida ao vivo pela TV legislativa, logo os celulares dos depoentes começaram a receber mensagens com ironias, xingamentos e ameaças. Alguns alunos foram vítimas de comentários homofóbicos. O presidente da CPI, deputado Adriano Diogo (PT) disse que vai convidar para depor a direção da PUC e supostos agressores.

As ameaças teriam partido de um grupo fechado na rede social Facebook com mais de dois mil participantes. O vice-reitor da PUC, José Eduardo Martinez, informou que a instituição vai apurar e tomar medidas contra as represálias aos denunciantes dos trotes. Segundo ele, a PUC não recebeu denúncia formal dos fatos revelados à CPI, mas é uma das poucas instituições que já expulsou alunos por trotes violentos.

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