O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), apareceu de surpresa na manhã desta sexta-feira, 13, na primeira reunião do Comitê de Crise Hídrica, formado com prefeitos da Região Metropolitana. O governo decidiu colocar peso político no encontro e enviou também outros secretários, além de Benedito Braga (Recursos Hídricos). Estão presentes o titular da Casa Civil, Edson Aparecido, o secretário de Energia, João Carlos Meirelles, a secretária de Meio Ambiente, Patrícia Iglesias, e o subsecretário de Comunicação do Palácio dos Bandeirantes, Marcio Aith.
Na reunião que decidiu pela instalação do comitê, em 28 de janeiro, o único representante do governo estadual foi Braga, que tem um perfil mais técnico e acabou acuado diante da cobrança dos mais 30 prefeitos e representantes das gestões municipais – em grande parte petistas.
Segundo integrantes do governo Alckmin, a ideia na reunião desta sexta-feira, 13, é “sair da defensiva” e também cobrar dos prefeitos de cidades que têm autarquias de distribuição da água – ou seja, onde a distribuição não está a cargo da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) – o abastecimento para equipamentos estaduais.
Enquanto o primeiro encontro aconteceu na Praça das Artes, que é da Prefeitura e próxima do gabinete de Fernando Haddad (PT), na região central da capital paulista, para este primeiro encontro formal do comitê, o governo estadual optou por jogar em casa. Convocou os prefeitos e demais participantes para o prédio da Secretaria de Recursos Hídricos, na Rua Bela Cintra, também na região central.
Cerca de 50 pessoas participam do encontro na manhã desta sexta-feira, 13, entre elas Haddad, que articulou o primeiro encontro, e os prefeitos de Mogi das Cruzes, Itapecerica da Serra, Campinas, Osasco e Franco da Rocha. O prefeito de Campinas, Jonas Donizete (PSB), que é aliado de Alckmin, não havia participado da reunião do dia 28.
Também participam da reunião representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de ONGs.