Segunda escola a desfilar pelo Grupo Especial no carnaval de São Paulo, a Acadêmicos do Tucuruvi destaca os antigos carnavais e as marchinhas que até hoje arrastam multidões pelo País. Com o enredo “Entre confetes e serpentinas: Tucuruvi relembra as marchinhas do meu, do seu, do nosso Carnaval”, a agremiação vai mostrar os bailes de salões, os carnavais de ruas até chegar aos dias atuais.
Com confetes e serpentinas e versos de “Ô abre alas”, “Pierro Apaixonado”, “Cabeleira do Zezé”, “Allah-la Ô”, “Jardineira” e “Cachaça”, entre outras marchinhas, o carnavalesco Wagner Santos promete levantar a plateia do sambódromo do Anhembi. A história começa no Rio de Janeiro, berço do carnaval, e se espalha pelo Brasil. Personalidades que fizeram história, como Chiquinha Gonzaga e Carmem Miranda, serão lembradas.
Mascarados, pierrots e colombinas vão se misturar aos integrantes da escola na busca pelo inédito título da elite do carnaval paulistano. Para chegar a isso, a escola da zona norte de São Paulo trouxe do Rio o produtor musical e intérprete do Salgueiro, Leonardo Bessa, para atuar na diretoria musical.
Com 350 integrantes, a bateria da Acadêmicos do Tucuruvi é comandada pelo mestre Guma. Nadege Delduque é a rainha da bateria. Outros destaques da escola são as atrizes Nuelle Alves e Maísa Magalhães. A melhor colocação da agremiação no Grupo Especial foi em 2011, quando foi vice-campeã. Em 2014, ficou em 4º lugar com o enredo “Uma Fantástica Viagem pela Imaginação Infantil”.
Confira o samba-enredo da Acadêmicos do Tucuruvi:
Sou da lira
Daqui não saio, daqui ninguém me tira
Ei você aí!
Ô abre alas pra Tucuruvi
Eu fiz de tudo pra você gostar de mim
A minha história vai te conquistar
Na praça onze, o lugar onde nasci
Tia Ciata vem abençoar
Jardineira, vem meu amor
Não faça como a colombina
Que deixou chorando o seu pierrot
No luxo dos salões, passei a embalar
Tão bela, a noite dos mascarados
Revela apaixonados
Tem lança perfume no ar
Bate o bumbo Zé Pereira, avisa o povão
Que a mulata é sensação
Olha só, a cabeleira do Zezé
Será que ele é? Será que ele é?
Allah, meu bom Allah
Cachaça não é água, quero me acabar
Sou da turma do funil, tenho a cara do Brasil
Ranchos e cordões
No girar do estandarte
Salve a essência da folia
Vozes imortais encantaram multidões (lalaiá)
Entre confete e serpentina
Atravesso gerações
Hoje faço a festa na avenida
Ta-hí o carnaval da minha vida!