Médicos e professores da Santa Casa de Misericórdia, localizada na região central da capital, vão fazer um ato na manhã desta quarta-feira, 1º, em frente à provedoria do hospital. Entre as reivindicações está a saída do provedor da unidade Kalil Rocha Abdalla, que está de licença e pode retomar suas atividades neste mês. O ato será às 9 horas.
Um documento com as exigências dos profissionais será entregue ao provedor em exercício Ruy Altenfelder. O Movimento Santa Casa Viva pede a quitação de dívidas trabalhistas – profissionais não receberam o 13º salário e alguns médicos aguardam o pagamento dos vencimentos de novembro do ano passado.
“Entendemos que a gestão dele colocou a Santa Casa em um processo de insolvência, logo, ele não pode continuar o provedor. Outra reivindicação é a participação dos médicos no conselho gestor”, disse um médico da unidade que preferiu não se identificar.
Segundo o profissional, a categoria não pretende fazer greve. “As nossas exigências não envolvem dinheiro, pois estamos com os salários e o 13º atrasados. Não queremos entrar em greve, porque isso prejudicaria a Santa Casa, os pacientes e os médicos. A greve não traz benefício nenhum.”
A Santa Casa teve um agravamento de sua crise financeira em julho do ano passado, quando a Provedoria da instituição fechou o Pronto-Socorro do Hospital Central por 30 horas, alegando falta de verba para a compra de materiais e medicamentos. A dívida do hospital supera R$ 400 milhões.