O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 29, que o Brasil está dentro de uma "barreira de possibilidade de produção" ao perpetuar distorções como a oneração da folha de salário. Guedes chamou o tributo de "cruel, absurdo e ineficiente", defeitos que, segundo ele, são todos imputados ao imposto sobre pagamentos, defendido pelo ministro como uma opção de fonte de recursos em troca da desoneração da folha.
"Distorções, imposto cruel, absurdo, ineficiente, que tem todos os defeitos imputados ao imposto digital, são cumulativos, regressivos, discriminatórios, e os lobbys não deixam a população enxergar isso", disse Guedes na Comissão Mista do Congresso Nacional para o acompanhamento de medidas contra a covid-19.
Mais cedo, o ministro afirmou que pode-se declarar a ideia de tributo sobre pagamentos "extinta", mesmo após passar vários minutos defendendo a criação do imposto.
Guedes ainda defendeu que, com práticas mais simples, como a desburocratização, simplificação de impostos, melhora na logística e na competição, é possível fazer um país crescer "5%, 6%". "Fazer um milagre durante seis, sete anos", disse. "Mas estamos dentro de uma barreira de possibilidade, colocamos tantas restrições", comentou.