O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) divulgou na tarde deste sábado (27) nota na qual nega responsabilidade pela indicação de seu companheiro de partido, o deputado federal George Hilton (MG), para ministro do Esporte, neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. No texto, Crivella afirma que não teve a “honra” de fazer a indicação do parlamentar. Em 2006, Hilton foi flagrado no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, com R$ 600 mil em dinheiro, em 11 malas. O parlamentar mineiro justificou-se, dizendo que eram doações de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), da qual é pastor. O PFL, ao qual o deputado era filiado, porém, o expulsou.
Com a notícia de que Hilton será o novo ministro do Esporte, o episódio de oito anos atrás foi reavivado. Há ainda críticas à troca de comando no ministério a pouco mais de um ano e meio dos Jogos Olímpicos de 2016. Começaram pressões no PT e na base governista para que a futura nomeação seja revertida. Em entrevista ao Estado, porém, o presidente do PRB, Marcos Pereira, avisou que, se o convite ao deputado mineiro for cancelado, o PRB irá para a oposição. Segundo Crivella diz na nota, porém, “foram os próprios méritos do candidato que o credenciaram” para ocupar o cargo no novo governo.
“Trata-se de um deputado no quarto mandato com relevantes serviços prestados ao Brasil e à sua querida Minas Gerais. Pode conferir nos anais da Câmara dos Deputados”, declara o senador na nota.
Crivella afirma ainda no texto que “as acusações que (Hilton) amargurou quando, ao lado de outros pastores, levava as ofertas da Igreja Universal de Minas para São Paulo, foram esclarecidas. O dinheiro apreendido foi devolvido à Igreja por decisão da justiça e quem achava que sua injusta expulsão do PFL iria acabar com sua carreira se enganou. Quem acabou foi o PFL. O deputado George Hilton é hoje o Ministro do Esporte onde fará um brilhante trabalho”.