Acompanhado por assessores, parlamentares estaduais e pelo senador Jorge Viana (PT), o governador do Acre, Tião Viana (PT), cumpriu um ritual simples e rápido em sua cerimônia de posse. Não houve muito protocolo devido à viagem a Brasília para participar da posse da presidente da República, Dilma Rousseff. “Temos que ter a capacidade de tentar transformar a democracia, cada vez mais em uma compreensão entre situação e oposição com distâncias menores e lindas diferenças”, filosofou.
A retórica emocionada de Viana pouco tem a ver com a prática de governo. Politicamente, o primeiro mandato do governador foi marcado pelo retorno da cobertura política à crônica policial. O mais recente episódio foi a citação de Tião Viana (entre 28 políticos) feita pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, colocando o governador petista como beneficiado no esquema de corrupção da empresa estatal.
A base de apoio do governador Tião Viana diminuiu na Assembleia Legislativa do Acre. Eram 19 parlamentares e na próxima legislatura serão 15, dos 24 parlamentares. “Temos ambiente para alcançar 17, quem sabe 18 apoiadores para o governo”, contou o governador. “Isso é apoio demais”. Dos 24 deputados, seis são de oposição. Três se declararam “independentes”. Para convencer esses três parlamentares, Viana já tem uma estratégia. “O café. O bom café, a boa conversa, o diálogo e a boa reflexão ajudam”.
Apesar da crise econômica, o Acre registrou aumento do ICMS arrecadado de janeiro a outubro: crescimento nominal de 13,53%, de R$ 544 milhões em 2013 para R$ 618 milhões. Os investimentos capitaneados pelo Governo junto às instituições financeiras também registraram crescimento. Até outubro de 2014, foram R$ 714,9 milhões enquanto em 2013 foram R$ 416 milhões.
Oficialmente, o cálculo do Governo é de R$ 1,3 bilhão de investimentos em 2014. “Mas, o ano de 2015 vai exigir mais rigor ainda com as contas públicas. Vai ser um ano que exige muito cuidado”.