O peemedebista Marcelo Miranda, de 53 anos, assumiu nesta quinta-feira, 1º, o governo do Tocantins pela terceira vez, depois de ter sido cassado em 2009 por abuso de poder econômico e político nas eleições de 2006. Na solenidade de posse, realizada na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, Miranda afirmou estar ciente da responsabilidade de administrar o Tocantins e se disse mais preparado.
Ele lembrou ainda suas gestões anteriores, cujo compromisso, segundo ele, era fazer “um governo melhor para todos”. Miranda também citou o líder africano Nelson Mandela, com quem declarou ter aprendido “a importância do perdão e de manter viva a chama da esperança e do amor, mesmo nos momentos de sofrimento”.
Mas em nenhum momento Miranda se referiu às medidas concretas que tomará, imediatamente, para resolver os problemas do Estado. Entre eles, estão o pagamento do salário de dezembro dos servidores, que terá de ser feito até o próximo dia 5.
A ausência mais notada na solenidade foi a da senadora Kátia Abreu (PMDB), nova ministra da Agricultura. De acordo com sua assessoria, ela teria viajado logo cedo a Brasília, para preparar a sua posse.
Um site de notícias chegou a informar um suposto rompimento de Kátia com Miranda. A senadora repudiou, em nota, a informação e reiterou ainda seu apoio ao governador. Já a assessoria de Miranda atribuiu a notícia a “setores contrariados com as mudanças que ocorrerão no Estado”.
Depois da solenidade na Assembleia, Miranda caminhou até o Palácio Araguaia, onde recebeu a faixa do ex-governador Sandoval Cardoso (SD). Ao discursar para o público presente, afirmou que quer governar com o povo e repetiu as promessas de campanha, como a reinstalação do “Governo mais perto de você”, programa que distribuiu óculos e que foi um dos principais motivos da sua cassação em 2009. “Este é o governo da saúde, da segurança e da mudança”, disse, acrescentando que, na sua administração, “bandido não terá vez”.
O governador viajou, em seguida, para Brasília, onde participará da posse da presidente reeleita Dilma Rousseff.