O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, avaliou, em entrevista após a cerimônia de transmissão de cargo, que as medidas que já estão sendo adotadas darão resultados rapidamente. Ele disse que alguns ajustes já começaram a ser feitos, como a elevação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e as medidas de correção de “excessos e distorções” em programas de seguro-desemprego, abano salarial e Previdência Social.
“As medidas que estão sendo adotadas darão resultado rapidamente, a economia vai absorver esses resultados e é possível que a gente volte a crescer num prazo rápido. Não vamos definir prazo, mas o próprio mercado já prevê um crescimento maior em 2016”, afirmou.
Para ele, à medida que a economia brasileira absorver os impactos dos ajustes e correções que estão sendo feitos, haverá uma restauração da confiança. “E a atividade vai responder”, previu.
Questionado sobre os gastos públicos com servidores, Barbosa respondeu: “vamos tratar desse assunto no momento certo, está na agenda do governo e especialmente deste Ministério, tratar da nova política de remuneração dos funcionários públicos”, afirmou, disse.
Segundo ele, o acordo atual de reajuste do funcionalismo vale até este ano e o reajuste para 2015 já está definido. “Vamos discutir com sindicato e servidores a política dos próximos anos”, afirmou.
Salário mínimo
O novo ministro garantiu que continuará a haver aumento real do salário mínimo e disse que a proposta será enviada ao Congresso Nacional “em momento oportuno”. “A regra atual ainda vale para 2015, acabou de ser editado decreto com base na regra atual. Vamos propor nova regra para 2016 a 2019 ao Congresso Nacional. Continuará a haver aumento real do salário mínimo”, afirmou.
Barbosa evitou fazer projeção ou traçar cenário para inflação e disse que essa tarefa cabe ao Banco Central. “Toda a equipe econômica partilha do objetivo de trazer a inflação para o centro da meta no prazo adequado – segundo Tombini, até 2016. Daremos nossas contribuição para isso”, disse.