O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas (PT-RS), defendeu na tarde desta sexta-feira, 2, em seu discurso de posse, a ampliação do diálogo com a sociedade para a elaboração de políticas públicas. Ele não citou especificamente o polêmico decreto que regulamenta os conselhos populares, derrubado ano passado pela Câmara, mas afirmou que vai trabalhar para que a participação social nas decisões do governo seja aprofundada.
“Nós acreditamos que a democracia representativa pode se combinar com grande processo de participação social, de diálogo com a sociedade civil organizada, através de um sistema nacional de participação social que já existe e pode muito ser aprofundado ao longo desses quatro anos”, afirmou.
Segundo ele, as pessoas não podem ser consideradas cidadãs apenas no “dia em que votam e elegem os seus representantes”. “Cidadão e cidadã podem e devem também participar dos processos de discussão das políticas públicas. Nós já fazemos isso, aprofundamos muito esse processo nos últimos anos, mas nós queremos aprofundar ainda mais”, afirmou.
Ele também defendeu a bandeira da presidente Dilma Rousseff de discutir a reforma política com a sociedade. Após os protestos de junho, a petista defendeu que fosse feito um plebiscito sobre o tema, mas recuou diante da resistência da base aliada e agora já aceita a tese do referendo. “A presidente Dilma falou que quer debater com o Congresso e com a sociedade a reforma política. Esse é um debate que passa pelo Congresso, mas que a sociedade também está ansiosa para participar”, disse.
