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Aniversário de 450 anos do Rio é comemorado com bolo gigante

O aniversário de 450 anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro foi comemorado neste domingo (1º) com um bolo gigante, de 450 metros de extensão, no centro da cidade. A festa teve a presença do governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, do prefeito Eduardo Paes, e do cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta.

“O Rio desenvolveu uma civilização diferente, com respeito aos princípios da igualdade, da justiça, da fraternidade, mas com um tempero de alegria, de felicidade, de capacidade de juntar as pessoas que é muito especial”, declarou Paes. “Viva o Rio de Janeiro, viva a carioquice!”, acrescentou o prefeito.

No entanto, antes de cortar o bolo, o prefeito reconheceu que há muitos desafios a serem vencidos ainda na cidade do Rio. “Eu acho que essa cidade vai mudar de patamar, mas é uma cidade que tem muitos desafios, continuará tendo, e a gente não pode esquecê-los. Mas hoje é dia principalmente de celebrar”, lembrou.

O governador Pezão expressou seus desejos para a capital do Estado. “À cidade do Rio, nesses 450 anos, um ano antes das olimpíadas, com o maior canteiro de obras da América do Sul, que a gente tenha muita força, muita energia para trazer mais segurança, trazer mais saúde, educação, para melhorar a vida do povo”.

Dom Orani chegou à festa acompanhado pela imagem de São Sebastião, padroeiro da cidade, e fez uma oração antes de cortar o bolo. O cardeal celebrou mais cedo uma missa solene em homenagem ao Rio no Santuário Arquidiocesano de São Sebastião, na Tijuca, zona norte. Também antes da festa, um grupo de manifestantes aprovados no concurso para a Guarda Municipal em 2012 ergueu faixas em protesto por não terem sido convocados ao trabalho até hoje.

O coro de parabéns foi puxado pela cantora Eliana Pittman, seguido da execução do hino do município, Cidade Maravilhosa, do compositor André Filho.

Apesar do tamanho avantajado do bolo, populares tiveram que esperar mais de uma hora por um pedaço. Embora a festa tenha começado às 10h, os confeiteiros ainda terminavam a cobertura do doce às 11h15.

Na falta de funcionários em quantidade suficiente para servir os pedaços, guardas municipais e policiais militares inibiram a multidão por um tempo. Mas o cercado acabou invadido, e a população deixou o local carregada de vasilhas e sacolas de plástico cheias de bolo.

“É uma falta de respeito com o povo. Faltou organização. Tinha que ter mais gente cortando. São 11h da manhã e o bolo pegando esse sol”, reclamou a aposentada Luiza Helena da Silva, moradora de
Vila Isabel, zona norte.

A queixa do técnico de farmácia Antonio Carlos Santos foi sobre a ausência de banheiros químicos nos arredores da celebração. Morador do Méier, também na zona norte, ele levou a mulher, quatro filhas e mais o cachorro para a festa. Pelo menos saiu satisfeito com o bolo. “Está muito bom”, disse Santos.

O pintor de automóveis Edney Gomes de Oliveira fez um percurso maior para participar do aniversário da cidade. Morador de Jacarepaguá, na zona oeste, teve que sair de casa com uma hora e meia de antecedência. “Valeu a pena”, avaliou ele, ao experimentar a fatia que lhe coube do bolo gigante.

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