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Coordenador do MTST diz que movimentos “não aceitam ataques”

O coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, afirmou nesta terça que os movimentos sociais não vão aceitar ataques aos direitos dos trabalhadores “venham de onde vier”. Ele criticou as manifestações contra o governo Dilma Rousseff, mas também criticou a petista por fazer ajustes fiscais às custas dos trabalhadores. “O pau que bate em Chico, bate em Francisco”, bradou em cima do carro de som no Largo da Batata na zona oeste de São Paulo.

Boulos participa do ato “contra a direita por mais direitos”, organizado pelo MTST, com MST, centrais sindicais e outros movimentos sociais. Ele falou no carro de som que já havia mais de 30 mil manifestantes no Largo da Batata. A estimativa da PM estava em 2,5 mil. Começou a chover forte, mas os manifestantes não se afastaram.

No discurso, o coordenador do MTST disse que não se mistura aos protestos anti-Dilma e os criticou por pedir o afastamento da presidente, mas não se manifestarem contra o presidente da Câmara Eduardo Cunha – para ele o responsável pela aprovação do texto base do projeto da terceirização que prejudica os trabalhadores – nem contra o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) “que acabou com a água e que se recusa a negociar com os professores (estaduais em greve)”

Boulos disse que a manifestação daria um recado à elite paulistana, classificada por ele de conservadora e fascista, e disse que daria um recado a essa elite. “Nosso recado vai ser curto e grosso: A rua é do povo. Ninguém vai impedir a gente de se manifestar de vermelho. Se eles afastam gente de vermelho das manifestações deles, vão ter que fechar a janela quando a marcha vermelha estiver passando pelos jardins (bairro nobre da capital, na rota da manifestação até a Av Paulista)”.

Boulos fez críticas também à política econômica do governo. “A Dilma não foi reeleita pra fazer ajuste fiscal nem pra colocar Joaquim Levy do Bradesco no Ministério da Fazenda”, bradou. O coordenador disse que se a PL 4330 passar no Senado, Dilma tem o “dever de vetar” e reclamou também da demora no lançamento da terceira etapa do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Os manifestantes seguem em passeata pela Avenida Faria Lima, em direção à Avenida Paulista.

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