O empresário Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal, disse aos parlamentares da CPI da Petrobras que as doações a parlamentares foram feitas de forma legal. “Todas elas são oficiais e estão devidamente registradas nas declarações. Não são fruto de propina”, declarou.
Mendonça rebateu as declarações do ex-diretor Paulo Roberto Costa de que não haveria doações “desinteressadas” das empresas aos partidos. “Somos muito interessados. Fiz parte da criação da base parlamentar marítima. Sempre apoiei muito, não só financeiramente como levei para visitar estaleiros. Isso não é desinteresse e não é um interesse da forma como o Paulo Roberto Costa fala. Entendo que isso é uma questão legítima”, afirmou.
O executivo não soube dizer para quais parlamentares fez doações de campanha e que não se lembrava se o relator da CPI, Luiz Sérgio (PT-RJ), também havia recebido recursos para campanha. A pergunta foi feita pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) quando o petista estava fora da sala. Valente também perguntou se ele conhecia o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas ele negou.
Pressionado pela bancada do PT a revelar para quais partidos já havia feito doações de campanha, Mendonça disse que doou ao PSDB, ao PR, mas que as doações ao PT foram feitas após pedido do ex-diretor Renato Duque. Ao PSDB, PR, segundo ele, os valores não eram provenientes do esquema de corrupção.