O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou nesta quarta-feira, 14, que o uso da terceira cota da reserva técnica do Cantareira é possível, mas disse que esse seria um último recurso. O executivo reiterou a meta de reduzir a vazão do sistema dos atuais 16 metros cúbicos por segundo para 13 metros cúbicos por segundo.
“Existe a retirada de uma terceira cota possível, com 41 milhões de metros cúbicos. Mas isso é último recurso”, disse Kelman, em encontro com jornalistas.
O executivo voltou a comentar a questão do racionamento para obter a autorização da Justiça para cobrar a multa de até 100% dos clientes que aumentarem o consumo de água em relação à média de 2013.
“Dizer que só se pode cobrar a sobretaxa se tiver racionamento é impor um sofrimento a 20 milhões de pessoas, que ainda não está na hora. Não é essa a intenção da lei. A lei diz que a declaração de escassez hídrica permite o racionamento, mas não obriga”, disse, ressaltando não estar afirmando que não haverá racionamento. Kelman ressaltou, porém, que ainda não é a hora disso.
Segundo o presidente da Sabesp, a multa é necessária e não se trata de um “capricho”. “Todos sabem que estamos em situação de escassez hídrica. Se precisar reafirmar isso, reafirmamos. Pode ser a ANA ou o DAEE. Temos uma urgência e não podemos ficar discutindo uma burocracia”, frisou.