Dois homens ficaram feridos após confrontos na região da Cracolândia nesta quarta-feira, 29. Os conflitos tiveram início por volta das 14 horas, depois de uma operação da Prefeitura de São Paulo para retirar a “favelinha” da Cracolândia, como ficou conhecido o conjunto de barracas dos usuários de crack da região da Luz, centro da cidade. As barracas foram desmontadas pela manhã e a área está sendo limpa.
De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, um dos feridos levou um tiro na perna e o outro, no pescoço. Eles foram socorridos pela GCM e levados para o pronto-socorro da Santa Casa de São Paulo. Ainda não se sabe a autoria dos disparos. A confusão começou após o barulho de um forte estrondo, que assustou usuários de drogas e provocou correria.
Os guardas civis avançaram contra as pessoas, mas sofreram resistência. Houve tumulto e corre-corre. Durante a confusão, policiais militares chegaram em viaturas e motos para reforçar o policiamento. Houve, então, novos barulhos de estouro e o local em que os usuários estavam acabou sendo tomado por uma fumaça com mais de um metro de altura. Não há informações de detidos.
Durante a manhã, havia sido realizada uma ação de limpeza com agentes da Subprefeitura da Sé. Os guardas civis se posicionaram no entorno da praça na frente da Estação Júlio Prestes, local onde ocorre o “fluxo” – como é conhecida a concentração de usuários de drogas.
Com a retirada das barracas, os frequentadores da cracolândia passaram a se concentrar na Alameda Dino Bueno, levando carrinhos de supermercado, cobertores e carroças.
O objetivo da Prefeitura é retirar os dependentes químicos da área e incluí-los no Programa De Braços Abertos, de recuperação e redução de danos, que tem 583 beneficiados cadastrados. O prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou nesta quarta-feira a criação de mais 150 novas vagas em hotéis credenciados pelo programa para a inclusão dos usuários retirados da “favelinha”.