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Líder do bloco de oposição diz que governo oferece promessas velhas e recicladas

O líder do bloco de oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), criticou a reação do governo às manifestações realizadas nesse final de semana e classificou algumas iniciativas do Palácio do Planalto como “promessas recicladas” e “soltas a o vento”.

No bojo das iniciativas que o Executivo deve tomar para tentar atender às reivindicações de parte da sociedade, que foi às ruas, está o lançamento, ainda nesta semana, de um “pacote anticorrupção”. Dentre as medidas que podem ser anunciadas está a regulamentação da Lei Anticorrupção sancionada em agosto de 2013. A nova legislação prevê multa de até 20% do faturamento para infratoras e permite acordos de leniência.

“A resposta do governo à maior mobilização popular de protesto da história da democracia brasileira é pífia, é insuficiente. O governo com promessas velhas e recicladas oferece palavras soltas ao vento, que não atinge a alma da consciência nacional. O que se exige do governo nesta hora é mudança radical e veemente”, afirmou o tucano. Líder da oposição, o senador defendeu a redução “pela metade” da estrutura governo. “É o governo do paralelismo, da superposição das ações, um governo perdulário. Que tem como matriz um modelo promíscuo de relação desonesta entre os Poderes, com um balcão de negócios, que aparelha o Estado brasileiro. Esse é o modelo repudiado nas ruas do Brasil no dia de ontem”, emendou.

Na avaliação dele, a tendência é de as manifestações se manterem nas ruas com a falta de uma reação do governo. “Se o governo não oferecer resposta e se o Congresso não acompanhar, fazendo a leitura correta dessa mobilização popular, certamente, esse movimento não sairá das ruas do País. O povo brasileiro está cansado, perdeu a paciência, não quer esperar a próxima eleição, deseja a mudança radical já”, afirmou.

Para o tucano, o recado das urnas também teve como alvo os parlamentares e a crise que atinge o setor econômico. “Sem dúvida a leitura deve ser feita com correição e imparcialidade. O protesto se dá contra o governo num primeiro lugar, mas contra a classe política, que também não atende à expectativa do povo, especialmente porque não promove as medidas necessárias para o País voltar a crescer. O tamanho da indignação é a maior que a impopularidade do governo”.

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