O bebê de Gabriela Leite Rocha, de 18 anos, baleada na cabeça e no rosto pelo policial militar Gilson de Souza Teixeira, de 31, morreu na madrugada desta quinta-feira, 26, no Hospital São Luiz Gonzaga, na zona norte da capital paulista. A criança nasceu após uma cesárea de urgência e iria se chamar Jurema, em homenagem à avó, que também foi morta pelo policial.
Gabriela estava grávida de seis meses quando foi atingida pelos tiros. Segundo o pai da criança, Danilo Agostinho, de 20 anos, o bebê nasceu com cerca de um quilo. Logo após a cirurgia, a menina foi encaminhada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A causa da morte ainda não foi divulgada.
Alvo de dois disparos, a mãe permanece internada no hospital, mas seu estado de saúde é estável. De acordo com familiares, ela sofreu um deslocamento no maxilar e precisar ser submetida à cirurgia.
Caso
O crime aconteceu na noite do último domingo, 22, na Rua Manoel Lisboa de Moura, na região do Jaçanã. O cabo Gilson de Souza Teixeira, do 5º Batalhão da Polícia Militar, matou a advogada Jurema Cristiane Bezerra da Silva, de 39, com três tiros no peito e feriu outras duas pessoas da mesma família: um irmão dela, de 17 anos, e a nora, Gabriela.
O motivo do conflito seria uma casa, que é ocupada pela irmã do policial mas reivindicada pela família de Jurema – para quem Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) concedeu a propriedade.
Após cometer o crime, policial militar se apresentou no 5º BPM/M, de onde foi encaminhado para delegacia. Ele preso em flagrante e depois transferido para o presídio militar Romão Gomes.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele responderá por homicídio doloso na Justiça comum e será expulso da corporação assim que o inquérito policial militar for concluído.