A bancada de vereadores do PT em São Paulo se reuniu na manhã desta segunda-feira, 3, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente nacional do partido, Rui Falcão. O encontro aconteceu poucas horas depois da prisão de José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil de Lula e ex-presidente da legenda, mas vereadores ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirmam que a Lava Jato não foi tema da reunião, marcada com antecedência para discutir as eleições de 2016 na capital paulista.
“Quando chegamos, nós já sabíamos da prisão. Mesmo preocupados, todos estão preocupados, não entramos muito em detalhe. O comentário foi apenas da preocupação de o Zé ter sido preso. Ninguém quer o Zé preso porque o Zé é… foi um símbolo do PT”, disse o vereador Alfredinho, um dos nove vereadores que estiveram na reunião.
Outro presente, Paulo Fiorillo negou enfaticamente qualquer discussão sobre a prisão de Dirceu e argumentou que a reunião já estava pré-agendada e com pauta definida. “A gente tratou conjuntura e eleições. Qual é o tema que poderia ser importante se a gente já tinha pautas definidas? A prisão do Dirceu ou a Lava Jato não eram a pauta”, justificou Fiorillo.
Oito horas após a operação Pixuleco prender Dirceu, as páginas do Instituto Lula ainda não tinham se manifestado sobre o tema, assim como o site oficial do PT. No final da tarde, o presidente do partido, Rui Falcão, soltou nota em que nega que o PT tenha recebido recursos ilegais, mas não cita o nome do ex-ministro preso em Brasília.