A desigualdade entre as regiões brasileiras se estende às entidades que prestam assistência à população mais vulnerável. De acordo com a Pesquisa de Entidades de Assistência Social Privadas sem Fins Lucrativos (PEAS) 2013, divulgada nesta quarta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 14.791 entidades criadas para esse fim, sendo mais da metade delas, 52%, no Sudeste, e 24,9%, no Sul, justamente as regiões mais desenvolvidas do País. O Nordeste tem 13,3%, o Centro-Oeste, 7%, e o Norte, 2,9%.
Feita por meio de entrevistas pelo telefone, a PEAS 2013 tem duas fases. Esta primeira examina dados como público-alvo, abrangência territorial e serviços prestados pelas entidades. A segunda terá informações detalhadas sobre a atuação e a estrutura delas. O levantamento partiu do Cadastro Central de Empresas do IBGE.
A PEAS anterior data de 2006 – foi a primeira pesquisa do IBGE a se debruçar sobre o cenário. No levantamento de 2013, que inclui entidades criadas até 2012, verificou-se que o público-alvo predominante eram as famílias, seguido pelas crianças de 0 a 12 anos e por adolescentes.
De acordo com a pesquisa divulgada pelo IBGE, há no Brasil 14.791 mil entidades de assistência social, das quais 52% são localizadas nos Estados de SP, RJ, ES e MG. O público-alvo que menos apareceu foram os povos e comunidades tradicionais. As áreas de atuação principais foram educação, religião, cultura, esporte, direitos humanos e reabilitação.
O universo original era de 36.782 entidades, mas apenas 14.791 foram consideradas ativas e atuando dentro do âmbito da pesquisa – o IBGE constatou que 1.127 estavam paralisadas e 2.245, inativas.