Quase todas as represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo registraram queda em seus reservatórios de sábado para domingo, de acordo com monitoramento realizado pela Sabesp. Em novembro, a quantidade de chuva ficou abaixo da média nos mananciais, o que contribuiu para agravar a crise hídrica.
O volume de água disponível no Sistema Cantareira caiu de 8,9% ontem para 8,8% hoje. A chuva na região em novembro ficou abaixo da média. No acumulado do mês, o índice pluviométrico atingiu 135,0 milímetros (mm), o que corresponde a 83,7% da média histórica do mês, que é de 161,2 mm.
No Sistema Alto Tietê, a reserva passou de 5,8% para 5,7%, também afetada pela quantidade de chuva inferior à esperada. No mês, o índice pluviométrico foi de 108,2 mm, o equivalente a 83,6% da média histórica, que é de 129,4 mm.
O Sistema Cantareira é a principal fonte de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, atendendo 8,1 milhões de pessoas, enquanto o Sistema Alto Tietê é responsável pelo abastecimento de 3,1 milhões de pessoas.
O Sistema Guarapiranga, segundo maior manancial da região, atendendo 4,9 milhões de pessoas, foi o único que se manteve estável neste fim de semana, permanecendo em 33,7% tanto no sábado quanto hoje. Em novembro, a chuva sobre o Guarapiranga foi de 109,3 mm, 88,1% da média no mês.
Dentre os outros mananciais, no Alto Cotia houve queda de 30,1% para 29,9%, no Rio Grande a baixa foi de 64,0% para 63,8%, e no Rio Claro houve recuo de 32,4% para 32,1%.
O índice pluviométrico abaixo da média nos mananciais não é o único motivo para a queda nos reservatórios. A chuva que tem caído na região está sendo rapidamente absorvida pelo solo seco. Dessa forma, a quantidade de chuva não está compensando a perda por evaporação que ocorre naturalmente por causa do calor. Para que a reserva dos mananciais volte a subir é preciso chuva para umedecer o solo e mais chuva ainda para encharcar o solo e elevar o volume de água.