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Sindicato das empresas nega ‘caixa-preta’

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), que representa as empresas concessionárias do serviço de ônibus, negou que exista “caixa-preta” nas contas. “Queremos acabar com a mística de que o sistema é uma caixa-preta. É no mínimo uma falta de respeito. Isso não é maneira decente de tratar contratados como nós”, disse Francisco Christovam, presidente da entidade patronal.

Auditoria feita pela empresa Ernst&Young no sistema gerenciado pela São Paulo Transporte (SPTrans) revelou que os ônibus de São Paulo têm lotação de passageiros por metro quadrado superior ao limite recomendado, a frota é mais velha do que o permitido e a quantidade efetivamente realizada de partidas dos veículos está em um patamar inferior ao de cidades como Porto Alegre, Nova York e Londres. A apuração constatou também que a Prefeitura perdeu, nos últimos quatro anos, R$ 26,7 milhões com o parcelamento das multas.

De acordo com Christovam, o vencimento dos contratos do sistema de ônibus em meados de 2013 e a incerteza da manutenção das atuais empresas na próxima licitação as impediram de renovar a frota. “Foi um problema que dificultou que as empresas cumprissem esses dois itens do contrato: a retirada de todos os ônibus com mais de uma década e a idade média de cinco anos da frota”, afirmou.

Sobre o não cumprimento de todas as partidas programadas, Christovam atribui isso a fatores externos, não controlados pelos operadores. “Não controlo congestionamento, acidente, semáforo, inundação. E isso leva a atrasos nas partidas. A única responsabilidade nossa por viagem não realizada é quando o veículo quebra.”

Administração

A Prefeitura de São Paulo, em nota, informou que “a idade média da frota foi se reduzindo ao longo do contrato”. “A meta não foi cumprida por algumas áreas em alguns anos, mas não está prevista nenhuma punição para o caso de não se cumprir a meta no contrato atual e, por isso, não há nada a fazer”. No próximo contrato, deverá haver punições, segundo a Prefeitura.

Sobre o parcelamento das infrações, a Prefeitura afirmou que, “em muitos casos, as multas acabam criando problemas no caixa das empresas”. “Como a mesma diretoria é responsável pela gestão do sistema e pela cobrança de multas, pode se sensibilizar e procurar amenizar o impacto”, informou a nota. A Prefeitura afirmou que estuda a criação de uma empresa para a cobrança de multas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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