A Oi, empresa em recuperação judicial, encerrou o quarto trimestre de 2020 com lucro líquido consolidado de R$ 1,798 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 2,281 bilhões visto um ano antes. O lucro líquido atribuído aos acionistas controladores foi de R$ 1,797 bilhão no período, revertendo a marca negativa de R$ 2,263 bilhões vistos entre outubro a dezembro de 2019.
A companhia fala que o resultado no trimestre foi impactado por um crédito de Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos no valor de R$ 3,468 bilhões, resultando no lucro líquido do período. O resultado operacional antes do resultado financeiro e tributos (Ebit) foi negativo em R$ 96 milhões, melhorando a marca de R$ 405 milhões negativos de um ano antes. Já o resultado financeiro foi negativo em R$ 1,574 bilhão, também reduzindo o número negativo de R$ 2,158 bilhões do quarto trimestre de 2019.
O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da tele foi de R$ 1,666 bilhão no quarto trimestre, alta de 28,4% sobre o R$ 1,298 bilhão vistos um ano antes. A margem Ebitda ficou em 34,9%, incremento de 8,5 pontos porcentuais na comparação anual. O Ebitda de rotina, que retira itens não recorrentes, foi de R$ 1,491 bilhão, alta de 5,5% sobre R$ 1,414 bilhão no mesmo período de 2019.
Em 2020, a Oi encerrou o ano com prejuízo líquido consolidado de R$ 10,528 bilhões, piorando a marca negativa de R$ 9,095 bilhões de um ano antes. O prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores em 2020 foi de R$ 10,531 bilhões, ante R$ 9 bilhões de um ano antes. O Ebitda de 2020 foi de R$ 6,409 bilhões, alta de 64,5% sobre a marca do ano anterior. A margem Ebitda em 2020 foi de 34,1%, alta de 14,8 pontos porcentuais. O Ebitda de rotina foi de R$ 5,845 bilhões, queda de 2,8% ante 2019.
A receita líquida total consolidada da Oi no quarto trimestre foi de R$ 4,777 bilhões, queda de 2,8% ante o resultado de um ano antes. No ano inteiro de 2020, a receita somou R$ 18,776 bilhões, redução de 6,9% ante 2019. "A performance recente reflete a estratégia global de substituição dos serviços de cobre por fibra no segmento residencial, de migração de clientes pré-pago para pós-pago no segmento de mobilidade pessoal e de maior comercialização de serviços corporativos e atacado no B2B", diz a tele.
A Oi finalizou dezembro com uma dívida líquida de R$ 21,797 bilhões, alta de 36,9% sobre o mesmo período de 2019. No resultado do ano inteiro, o endividamento foi de R$ 81,215 bilhões, alta de 52,3% ante o ano anterior. O caixa disponível da tele ao fim do quarto trimestre de 2020 foi de R$ 4,554 bilhões, alta de 98% na comparação anual. Em 2020, o caixa disponível somou R$ 22,622 bilhões, incremento de 40,9% sobre a marca de 2019.
Os custos e despesas operacionais de rotina, incluindo as operações internacionais, somaram R$ 3,286 bilhões no quarto trimestre, queda de 6,1% sobre o mesmo período de 2019. Em 2020, o indicador foi de R$ 12,931 bilhões, queda de 8,4% sobre 2019. Os investimentos no quarto trimestre de 2020 foi de R$ 1,736 bilhão, queda de 12,8% na comparação sobre outubro a dezembro de 2019. No ano, os investimentos somaram R$ 7,299 bilhões, queda de 6,9% ante o ano anterior.