A Petrobras demitiu nesta segunda-feira, 29, Claudio Costa da gerência de Recursos Humanos. Ele ocupava o cargo desde o início da gestão do presidente da companhia, Roberto Castello Branco, em janeiro de 2019. A empresa não informa o motivo da demissão. Por meio de sua assessoria de imprensa, diz apenas que em seu lugar entrará, interinamente, Pedro Barcante, chefe do gabinete da presidência.
Em seu LinkedIn, Costa se descreve como "liderança do projeto de transformação cultural da maior companhia brasileira" e que seu trabalho teve "foco na eficiência, meritocracia e foco em resultados". Ele entrou na Petrobras para implementar o projeto de gestão da força de trabalho idealizado por Castello Branco e deixa a empresa antes do presidente, que só vai sair após o seu sucessor, general Joaquim Silva e Luna, assumir o comando da estatal.
Entre as medidas mais polêmicas tomadas por ele na empresa está a transformação do plano de saúde – Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) – em uma associação. A expectativa é que, com a mudança, a contribuição da empresa diminua e os empregados passem a pagar mais pelo plano.
Sob sua gestão, o regime de remuneração também foi alterado. Pagamentos extras pagas a funcionários, em retribuição a avanços conquistados, passaram a ter foco maior nas finanças e não nas operações. Além disso, com as transformações, quanto maior o cargo de chefia, maior a chance de um empregado ter a renda complementada pelo benefício.
Costa é também membro do conselho de administração da Transpetro, subsidiária de Logística da Petrobras. Procurada, a empresa ainda não informou se ele permanecerá no cargo. Antes de chegar na Petrobras, ele trabalhou na prefeitura de São Paulo como conselheiro e secretário adjunto de Gestão de Pessoas.